La élite cultural del folklore "alemán" auténtico en Brasil: perfil social, mediación cultural y estrategias de legitimación
DOI:
https://doi.org/10.21669/tomo.vi39.13703Palabras clave:
Élites culturales, Folclore, Estrategias de legitimación, Mediación cultural, AutenticidadedResumen
En Brasil, un conjunto de agentes actúa en la definición, preservación y promoción del folklore alemán “auténtico” y “legítimo”. Este artículo tiene como objetivo analizar las prácticas y estrategias de legitimación de la élite cultural folklorista, es decir, el conjunto de agentes que ocupa las principales posiciones en el espacio del folklore “alemán” en Brasil. Para tanto, se abordan tres cuestiones clave: (1) las instancias de reclutamiento y formación de la élite cultural folklorista; (2) el trabajo de mediación cultural realizado por especialistas en folklore, que consiste en decodificar fuentes históricas producidas en el contexto europeo, y prescribir prácticas y conductas en el espacio del folklore brasileño, un procedimiento central para la legitimación y la garantía de la “autenticidad” del folklore; y (3) los principales caracteres de origen social, trayectoria, capitales y activos sociales disponibles para la élite cultural folklorista y / o adquiridos a través de su inversión en la esfera del folklore.
Palabras clave: Élites culturales; folklore “alemán”; estrategias de legitimación; mediación cultural; autenticidad.
Descargas
Citas
Anjos, José Carlos G. Elites intelectuais e a conformação da identidade nacional em Cabo Verde. Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, a. 25, n. 3, 2003, p. 579-606.
Bezerra, Marcos O. Em nome das “bases”: política, favor e dependência pessoal. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.
Bourdieu, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.
Bourdieu, Pierre. A ilusão biográfica. In: Ferreira, Marieta M.; Amado, Janaina (Orgs.). Usos & abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006, p. 183-191.
Bourdieu, Pierre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
Bourdieu, Pierre. Estratégias de reprodução e modos de dominação. Repocs, São Luís, v. 17, n. 33, jan./jul. 2020, p. 21-35.
Bourdieu, Pierre. O capital social – notas provisórias. In: Nogueira, Maria A.; Catani, Afrânio (Orgs.). Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 65-69.
Bourdieu, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
Burke, Peter. Cultura popular na Idade Moderna: Europa 1500-1800. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Canêdo, Letícia B. Herdeiros, militantes, cientistas políticos: socialização e politização dos grupos dirigentes no Brasil (1964-2010). In: Canêdo, Letícia B.; Tomizaki, Kimi; Garcia Jr., Afrânio R. (Orgs.). Estratégias educativas das elites brasileiras na era da globalização. São Paulo: Hucitec, 2013. p. 53-90.
Coradini, Odaci L. As missões da “cultura” e da “política”: confrontos e reconversões de elites culturais e políticas no Rio Grande do Sul (1920-1960). Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 32, p. 125-144, 2003.
Coradini, Odaci L. Em nome de quem? Recursos sociais no recrutamento de elites políticas. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2001.
Coradini, Odaci L. Grandes famílias e elite “profissional” na medicina no Brasil. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 3, n. 3, p. 425-466, nov. 1996 / fev. 1997.
Dezalay, Yves; Madsen, Mikael R. Espaços de poderes nacionais, espaços de poderes internacionais: estratégias cosmopolitas e reprodução das hierarquias sociais. In: Canêdo, Letícia B.; Tomizaki, Kimi; Garcia Jr., Afrânio R. (Orgs.). Estratégias educativas das elites brasileiras na era da globalização. São Paulo: Hucitec, 2013. p. 23-52.
Elias, Norbert. A sociedade de corte: investigação sobre a sociologia da realeza e da aristocracia de corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2001.
Engelmann, Fabiano. Para uma sociologia política das instituições judiciais. In: Engelmann, Fabiano (Org). Sociologia política das instituições judiciais. Porto Alegre: Editora da UFRGS/CEGOV, 2017. p. 17-38.
Fernandes, Dmitri C. A inteligência da música popular: a “autenticidade” no samba e no choro. 2010. 414 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Fernandes, Dmitri C. Anatomia do gosto da música popular brasileira. In: Anais do 36º Encontro Anual da Anpocs. Águas de Lindóia: Anpocs, 2012.
Geraldo, Endrica. O combate contra os “quistos étnicos”: identidade, assimilação e política imigratória no Estado Novo. Locus: revista de história, Juiz de Fora, v. 15, n. 1, p. 171-187, 2009.
Gertz, René E. A guerra que ainda não terminou: a população de origem alemã no Rio Grande do Sul após a Segunda Guerra Mundial. In: Anais Eletrônicos do II Congresso Internacional de História Regional. Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2013.
Grill, Igor G. Por uma sociologia da institucionalização. Sociologias, Porto Alegre, a. 14, n. 31, p. 300-308, set./dez. 2012.
Hobsbawm, Eric; Ranger, Terence. O. (Orgs.). A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.
Love, Joseph L.; Barickman, Bert J. Elites regionais. In: Heinz, Flávio M. (Org.). Por outra história das elites. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. p. 77-97.
Miceli, Sérgio. Bourdieu e a renovação da sociologia contemporânea da cultura. Tempo Social, São Paulo, v.15, n. 1, p. 63-79, abr. 2003.
Miceli, Sérgio. Poder, sexo e letras na República Velha: estudo clínico dos anatolianos. São Paulo: Perspectiva, 1977.
Nedel, Letícia B. Entre a beleza do morto e os excessos dos vivos: folclore e tradicionalismo no Brasil meridional. Revista Brasileira de História, Rio de Janeiro, v. 31, n. 62, p. 193-215, dez. 2011.
Nedel, Letícia. B. Um passado novo para uma história em crise: regionalismo e folcloristas no Rio Grande do Sul (1948-1965). 2005. 560 f. Tese (Doutorado em História) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, Brasília.
Petrarca, Fernanda R. Elites jornalísticas, recursos políticos e atuação profissional no Rio Grande do Sul. Tomo, São Cristóvão, n. 13, p. 169-200, jul./dez. 2008.
Reis, Eliana T. Em nome da “cultura”: porta-vozes, mediação e referenciais de políticas públicas no Maranhão. Sociedade e Estado, Brasília, v. 25, n. 3, p. 499-523, set./dez. 2010.
Saint Martin, Monique de. Coesão e diversificação: os descendentes da nobreza na França, no final do século XX. Mana, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 127-149, 2002.
Sapiro, Gisèle. Modelos de intervenção política dos intelectuais: o caso francês. Repocs, São Luís, v. 9, n. 17, p. 19-50, jan./jul. 2012.
Seidl, Ernesto. “Intérpretes da história e da cultura”: carreiras religiosas e mediação cultural no Rio Grande do Sul. Anos 90, Porto Alegre, v. 14, n. 26, p. 77-110, dez. 2007.
Seidl, Ernesto. Caminhos que levam a Roma: recursos culturais e redefinições da excelência religiosa. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 15, n. 31, p. 263-290, jan./jun. 2009.
Seidl, Ernesto. Elites e instituições: pistas para investigação. In: Grill, Igor G.; Reis, Eliana T. (Orgs.). Estudos sobre elites políticas e culturais: reflexões e aplicações não canônicas. São Luís: EDUFMA, 2016. p. 97-125.
Seidl, Ernesto. Estudar os poderosos: a sociologia do poder e das elites. In: Seidl, Ernesto; Grill, Igor G. (Orgs.). As ciências sociais e os espaços da política no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013. p. 179-226.
Seyferth, Giralda. Imigração e Etnicidade no Vale do Itajaí (SC). In: Anais Eletrônicos do X Encontro de Geógrafos da América Latina. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2005. p. 14.043-14.058.
Silverman, Sydell F. The community-nation mediator in traditional Central Italy. In: Potter, Jack M.; Diaz, May N.; Foster, George M. (Orgs.). Peasant society: a reader. Boston: Little, Brown and Company, 1967. p. 279-293.
Stone, Lawrence. Prosopografia. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 19, n. 39, p. 115-137, jun. 2011.
Vilhena, Luís R. Projeto e missão: o movimento folclórico brasileiro (1947-1964). Rio de Janeiro: Funarte / Fundação Getúlio Vargas, 1997.
Voigt, André F. A invenção do teuto-brasileiro. 2008. 204 f. Tese (Doutorado em História) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Voigt, Lucas. Entre o “povo” e a “elite”: cultura popular e apropriação diferencial à luz da prática do folclore “alemão” no Brasil. Repocs, São Luís, v. 18, n. 1, p. 131-154, jan./abr. 2021.
Voigt, Lucas. Etnografando “casas” de folclore: relações entre configurações do espaço e os sentidos da prática do folclore “alemão” no Brasil. Revista Brasileira de Sociologia, v. 8, n. 20, p. 224-247, set./dez. 2020.
Voigt, Lucas. O devir e os sentidos das memórias de descendentes de alemães em Santa Catarina: Um esboço de sociologia da memória. Porto Alegre: Multifoco / Luminária Academia, 2017.
Voigt, Lucas. O espaço de práticas do folclore “alemão” autêntico no Brasil: Um estudo de sociologia da cultura e das elites. 2018a. 376 p. Dissertação (Mestrado em Sociologia Política) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Voigt, Lucas. O folclore “alemão” como prática identitária: O papel das danças e dos trajes folclóricos na construção de laços culturais e históricos com a Alemanha. In: Arendt, Isabel C.; Cunha, Jorge L.; Santos, Rodrigo L. (Orgs.). Migrações: perspectivas e avanços teórico-metodológicos. São Leopoldo: Oikos, 2018b. p. 924-940.
Voigt, Lucas. Trajetórias, modalidades de inserção religiosa e carreiras culturais: as imbricações entre o luteranismo e a prática do folclore “alemão” no Brasil. In: Rahmeier, Andrea H. P. et al. (Orgs.). Migrações, educação e desenvolvimento: Convergências e reflexões. Vol. 3. Porto Alegre: Editora Fi, 2019. p. 171-191.
Weingrod, Alex. Patrons, patronage, and political parties. Comparative Studies in Society and History, v. 10, n. 4, p. 377-400, jul. 1968.
Wolf, Eric R. Aspects of group relations in a complex society: Mexico. In: Shanin, Teodor (Org). Peasants and peasant societies: selected readings. Harmondsworth: Penguin Books, 1971. p. 50-68.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La revista TOMO adopta la licencia Creative Commons CC-BY 4.0 que permite:
Compartir: copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adaptar: remezclar, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso comercial.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, con la obra licenciada simultáneamente bajo Creative Commons lo que permite compartir la obra con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
c) Se permite y anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y cita del trabajo publicado (Ver El Efecto del Acceso Abierto). (O Efeito do Acesso Livre).