QUAL É O (NÃO) LUGAR DE IDENTIDADES SUBALTERNIZADAS NA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE EM QUÍMICA?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/forident.v36n1.p159-174

Palavras-chave:

Identidades, Gênero, Sexualidade, Étnico-Racial, Projeto Pedagógico de Curso, Formação docente

Resumo

Buscamos, com esta pesquisa, analisar os (não) espaços de identidades subalternizadas no Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Química de uma universidade federal nordestina e problematizar como elas (não) estão sendo propostas nos processos formativos iniciais de docentes em Química. Para isso, adotamos a análise documental e de discurso, a partir das quais constatamos haver poucos espaços para que as identidades sejam elaboradas nos processos de formação inicial de docentes em Química, contribuindo para a existência de um maior alinhamento com a manutenção dos sistemas hegemônicos atuais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elisson Lima Santos, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Mestrando/e/a no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECIMA/UFS). Graduado/e/a em Química Licenciatura pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Campus Prof. Alberto Carvalho. Participante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Universidade Federal de Sergipe (NEABI/UFS) e do Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Diferenças e Desigualdades na Educação (GEPIADDE). rid46206.

Edinéia Tavares Lopes, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Professora Associada da UFS. Membra do GEPIADDE e do NEABI-UFS. Docente orientadora nos PPGED e no PPGECIMA - UFS. rid46205.

Gerson de Souza Mol, Universidade de Brasília - UnB

Professor Associado do Instituto de Química e docente orientador do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências – PPGEduC, Universidade de Brasília.

Referências

ALMEIDA, Sílvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: S. Carneiro; Editora Jandaíra, 2021. 264 p.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 09 janeiro de 2003. Inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2003. Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=10639&ano=2003&ato=431MTTq10dRpWTbf4. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Parecer CNE/CP n. 3, de 10 de março de 2004a. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 19 maio 2004a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cnecp_003.pdf. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP n. 1, de 17 de junho de 2004. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 22 jun. 2004b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF, 2004c. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/centrais-de-conteudo/acervo-linha-editorial/publicacoes-diversas/temas-interdisciplinares/diretrizes-curriculares-nacionais-para-a-educacao-das-relacoes-etnico-raciais-e-para-o-ensino-de-historia-e-cultura-afro-brasileira-e-africana. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília, DF, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Lei n. 11.645, de 10 março de 2008. Inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 11 mar. 2008. Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=11645&ano=2008&ato=dc6QTS61UNRpWTcd2. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Resolução CNE/CP n. 1, de 30 de maio de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 31 maio 2012a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rcp001_12.pdf. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Resolução CNE/CP n. 2, de 15 de junho de 2012b. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 18 jun. 2012b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rcp002_12.pdf. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Resolução CNE/CP n. 2, de 1º de julho de 2015a. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior (Cursos de Licenciatura, Cursos de Formação Pedagógica para Graduados e Cursos de Segunda Licenciatura) e para a Formação Continuada. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 2 jul. 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Parecer CNE/CEB n. 14, de 11 de novembro de 2015b. Institui as Diretrizes Operacionais para a implementação da história e das culturas dos povos indígenas na Educação Básica, em decorrência da Lei n. 11.645/2008. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 18 abr. 2016. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=27591-pareceres-da-camara-de-educacao-basica-14-2015-pdf&category_slug=novembro-2015-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 14 maio 2022.

BRASIL. Resolução CNE/CP n. 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 15 abr. 2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2019-pdf/135951-rcp002-19/file. Acesso em: 14 maio 2022.

CONNELL, Raewyn. Gênero em termos reais. Tradução de Marília Moschkovich. São Paulo: nVersos, 2016. 272 p. (Tradução de: Gender for real).

ESCOBAR, Arturo. Mundos y conocimientos de otro modo. El programa de investigación de modernidad/colonialidad latinoamericano. Tabula Rasa, Bogotá, n. 1, p. 51-86, jan./dez. 2003. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=39600104. Acesso em: 14 maio 2022.

FLICK, Uwe. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Tradução de Sandra Netz. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. 405 p. (Tradução de: An Introduction to Qualitative Research).

GÓMEZ-QUINTERO, Juan David. La colonialidad del ser y del saber: la mitologización del desarrollo en América Latina. El Ágora USB, Medelín, v. 10, n. 1, p. 87-105, jan./jun. 2010. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4077/407748992005.pdf. Acesso em: 14 maio 2022.

HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 16-46, jul./dez. 1997. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71361/40514. Acesso em: 14 maio 2022.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 12. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2020. 58 p. (Tradução de: The question of cultural identity).

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 16. ed. Petrópolis: Vozes, 2014. 184 p.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; CROSFOGUEL, Ramón. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos, Pontificia Universidad Javeriana e Instituto Pensar, 2007. p. 127-167.

MIGNOLO, Walter. Colonialidade: O lado mais escuro da modernidade. Tradução de Marco Oliveira. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 94, p. 1-18, jun. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/nKwQNPrx5Zr3yrMjh7tCZVk/abstract/?lang=pt. Acesso em: 14 maio 2022.

ORLANDI, Eni Pulcinelli. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 13. ed. Campinas – SP: Pontes, 2020. 98 p.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgard (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. p. 107-130.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Almedina, 2009. p. 73-117.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. 153 p.

SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Alienígenas na Sala de Aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. 9 ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 2011. 237 p.

UFS – Universidade Federal de Sergipe. Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão. Resolução n. 14, de 24 de abril de 2015. Aprova as alterações nas Normas do Sistema Acadêmico de Graduação da Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão: CONEPE, 2015. Disponível em: https://dcc.ufs.br/uploads/page_attach/path/6953/Normas_Academicas_14-2015.pdf. Acesso em: 14 maio 2022.

UFS – Universidade Federal de Sergipe. Orientações para Elaboração e Atualização de Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação da Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão: Departamento de Apoio Didático-Pedagógico (DEAPE), 2016. Disponível em: https://prograd.ufs.br/uploads/page_attach/path/6089/ORIENTA__ES_PARA_ELABORA__O_E_ATUALIZA__O_DE_PROJETOS_PEDAG_GICOS_UFS.pdf. Acesso em: 14 maio 2022.

UFS – Universidade Federal de Sergipe. Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão. Resolução n. 27, de 26 de outubro de 2020. Aprova alterações no Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Química Licenciatura do Campus Universitário Prof. Alberto Carvalho. São Cristóvão: CONEPE, 2020. Disponível em: https://www.sigaa.ufs.br/sigaa/public/departamento/secao_extra.jsf?lc=pt_BR&id=197&extra=344678821. Acesso em: 14 maio 2022.

WALSH, Catherine. Interculturalidad, plurinacionalidad y decolonialidad: las insurgencias político-epistémicas de refundar el Estado. Tabula Rasa, Bogotá, v. 9, p. 131-152, jul./dez. 2008. Disponível em: https://revistas.unicolmayor.edu.co/index.php/tabularasa/article/view/1498. Acesso em: 14 maio 2022.

Publicado

2023-02-24

Como Citar

SANTOS, Elisson Lima; LOPES, Edinéia Tavares; MOL, Gerson de Souza. QUAL É O (NÃO) LUGAR DE IDENTIDADES SUBALTERNIZADAS NA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE EM QUÍMICA?. Revista Fórum Identidades, Itabaiana-SE, v. 36, n. 1, p. 159–174, 2023. DOI: 10.47250/forident.v36n1.p159-174. Disponível em: https://ufs.emnuvens.com.br/forumidentidades/article/view/18833. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Relações étnico-raciais:protagonismo negro em múltiplos territórios educacionais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>