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  • Ensino de História em Tempos Digitais
    Vol. 13 No. 2 (2024)

    Organização:

    Martha Isabel Barrero Galindo
    Universidad Surcolombiana

  • 60 anos do golpe civil-militar: história, historiografia e suas reverberações
    Vol. 13 No. 01 (2024)

    Organização:

    Mélanie Toulhoat (IHC/NVA FCSH)

    Nasha Dahás (UENP)

    Paulo Cesar Gomes (PPGH/UFF)

  • Dossiê Indígena: identidades, reconhecimento e direitos
    Vol. 12 No. 04 (2023)

    APRESENTAÇÃO

    Ruth Henrique

    Neste dossiê, sobre a temática indígena no tempo presente, refletiremos sobre os diversos contextos em que se encontram algumas etnias NO Brasil, suas relações e interações interétnicas, nas fronteiras (simbólicas e geopolíticas) e com o aparato estatal, suas demandas, seus territórios (ancorados na tradicionalidade de ocupação que cada grupo étnico elabora, segundo suas próprias características identitátias, organizacionais e culturais), seus percalços, dificuldades e conquistas, inclusive no âmbito da educação indígena, seja como público-alvo ou como produtores de conhecimentos acadêmicos.

    Começaremos nossas reflexões com uma faceta da pesquisa que realizei, por ocasião do meu doutorado, junto aos indígenas Camba, na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, suas construções identitárias e estratégias para conseguirem seu reconhecimento como um grupo indígena, pelo Estado Brasileiro, na cidade de Corumbá/MS, resultando no artigo A BUSCA POR RECONHECIMENTO IDENTITÁRIO: a trajetória dos Camba na fronteira Brasil-Bolívia. Esta discussão sobre reconhecimento e acesso a direitos constitucionais dos povos indígenas NO Brasil, nos conduzirá ao trabalho de Jamerson Lucena, HOY, VAMO HACER BAILE WARAO EN ESCUELA”: Um estudo etnográfico sobre fluxo cultural e performance de um grupo Warao no espaço urbano, que aborda sobre a situação dos Warao, indígenas migrantes da Venezuela, na cidade de João Pessoa/PB, em especial o desafio do acesso à educação diferenciada que vem enfrentando.

    Partindo da discussão do acesso à educação diferenciada aos povos indígenas NO Brasil, teremos o trabalho de Marta Santos (da etnia Sateré-Mawé/AM), intitulado LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA: uma leitura das imagens e as aventuras do caminho da escola, sobre suas memórias e vivências no trajeto para a escola e os percalços e dificuldades para acessá-la, associando a uma leitura das imagens do seu cotidiano, e o ensaio Um tour pela história do Insikiran, elaborado por Joani Lyra e Aparecida Silva, sobre a entrada e a saída de acadêmicos indígenas dos cursos do Instituto Insikiran, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), entre 2015 e 2019.

    Encerraremos este dossiê com uma discussão teórica que retoma parte do debate do primeiro artigo, enfatizando as demandas territoriais. Em seu artigo TERRITÓRIO: POLÍTICA, GESTÃO E DIREITOS HUMANOS - dialogando conceitos e refletindo as reverberações sociais da necropolítica sobre etnias indígenas no “Brasil”, Klaus Castagnotto aborda sobre o processo de transformação dos espaços em territórios, não apenas geopolíticos, mas simbolicamente construídos e que envolvem um processo histórico de apropriações de territórios indígenas, dinâmicas e relações de poder.

    Que a leitura deste breve dossiê suscite, no/as leitore/as, a importância em debatermos sobre as condições em que vivem muitos grupos indígenas NO Brasil e a necessidade do Estado brasileiro de aplicar, com mais afinco, assertividade e celeridade, os direitos constitucionais a que os povos originários fazem jus.

     

    João Pessoa, 20 de abril de 2023.

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