Oficina de brinquedos e brincadeiras: manejando comportamentos antissociais nas aulas de educação física

Autores

  • Leys Eduardo dos Santos Soares Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
  • Pierre Normando Gomes-da-Silva Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v17i36.19682

Palavras-chave:

Escola, Jogo, Pedagogia da Corporeidade, Tendência Antissocial

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo investigar em que medida as aulas com a Oficina de Brinquedos e Brincadeiras (OBBA) contribuíram para a diminuição da incidência de comportamentos antissociais nas aulas de Educação Física. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo pesquisa-ação, na qual nos auxiliamos da psicanálise de D. W. Winnicott para interpretação das condutas antissociais. A pesquisa teve cinco etapas, que totalizaram 63 horas de intervenção em uma escola pública. As aulas-OBBA foram orientadas pelos conhecimentos teóricos e metodológicos da Pedagogia da Corporeidade, método ao qual a OBBA é um de seus programas didáticos. A partir dos registros em um protocolo de avaliação, os resultados das aulas-OBBA apontaram para uma melhoria dos comportamentos antissociais, apresentando uma expressiva diminuição das agressões físicas e verbais durante o período de intervenção, contribuindo, assim, para a constituição de um ambiente de convivência mais saudável entre os educandos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leys Eduardo dos Santos Soares, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Doutor em Educação Física. Membro do Grupo de Pesquisas em Pedagogia da Corporeidade (GEPEC/UFPB/CNPq). 

Pierre Normando Gomes-da-Silva, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Doutor em Educação. Professor titular do Departamento de Educação Física da UFPB. Líder do Grupo de Pesquisas em Pedagogia da Corporeidade (GEPEC/UFPB/CNPq). 

Referências

Abram, J. (2000). A linguagem de winnicott: dicionário das palavras e expressões utilizadas por Donald W. Winnicott. Rio de Janeiro: Revinter.

Abramovay, M., & Rua, M. G. (2002). Violências nas escolas. Brasília: UNESCO.

Abramovay, M., Cunha, A. L., & Calaf, P. P. (2009). Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas. Brasília: RITLA, SEEDEF.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Boarini, M. L. (2013). Indisciplina escolar: uma construção coletiva. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, 17(1), 123-131. https://doi.org/10.1590/S1413-85572013000100013 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-85572013000100013

Ferreira, C. S. (2010). Práticas de violência no espaço escolar do distrito federal: uma interpretação do fenômeno nas aulas de educação física. [Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília].

Freller, C. C. Histórias de indisciplina escolar: o trabalho de um psicólogo numa perspectiva winnicottiana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.

Gomes-da-Silva, P. N. (2013). Oficina de brinquedos e brincadeiras. Petrópolis: Vozes.

Gomes-da-Silva, P. N. (2014). Pedagogia da corporeidade: o decifrar e o subjetivar na educação. Revista Tempos e Espaços em Educação, 13, 15-30. https://doi.org/10.20952/revtee.v0i0.3255 DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v0i0.3255

Gomes-da-Silva, P. N. (2015). Pedagogia da corporeidade e seu epicentro didático: estruturação da aula-laboratório. Revista Brasileira de Educação Física Escolar, 1(1), 136-166.

Gomes-da-Silva, P. N. (2016). Educação física pela pedagogia da corporeidade: um convite ao brincar. Curitiba: CRV.

Gotzens, C., Pros, R. C., Muntada, M. C., & Martín, M. B. (2015). Indisciplina Instruccional y Convencional: Su Predicción en el Rendimiento Académico. Revista Colombiana de Psicologia, 24(2), 317-330. http://dx.doi.org/10.15446/rcp.v24n2.44148 DOI: https://doi.org/10.15446/rcp.v24n2.44148

Levandoski, G., Ogg, F., & Cardoso, F. L. (2011). Violência contra professores de Educação Física no ensino público do Estado do Paraná. Motriz, 17(3), 374-383. https://doi.org/10.1590/S1980-65742011000300001 DOI: https://doi.org/10.1590/S1980-65742011000300001

Maitan, C. Q., & Santos, D. S. (2022). Violência contra professores: realidades da Educação Física no ensino médio de escolas de uma cidade mineira. Motrivivência, 34(65), 01-20. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2022.e83597 DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8042.2022.e83597

Pain, J. (2012). A escola e suas violências. In: Andrade, F. (2012). Escola: faces da violência, faces da paz. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB. p. 17-33.

Sanmartín, M. G. & López, E. (2011). Percepción de las estrategias que emplean los profesores para mantener la disciplina, razones de los alumnos para ser disciplinados y comportamiento en educación física. Revista Internacional de Ciencias del Deporte, 22(7), 24-38. https://doi.org/10.5232/ricyde2011.02203 DOI: https://doi.org/10.5232/ricyde2011.02203

Silva, E. H. B., & Negreiros, F. (2020). Violência nas escolas públicas brasileiras: uma revisão sistemática da literatura. Rev. Psicopedagogia, 37(114), 327-340. http://dx.doi.org/10.51207/2179-4057.20200027 DOI: https://doi.org/10.51207/2179-4057.20200027

Trindade, A. M. & Menezes, J. A. (2015). Intimidações na adolescência: reflexões socioculturais da violência entre pares no contexto escolar. In: Gonçalves, C. C., & Andrade, F. C. B. (2015). Violências e Bullying na Escola: análise e prevenção. Curitiba, PR. p. 45-66.

Vasconcellos, C. S. (2009). Indisciplina e disciplina escolar: fundamentos para o trabalho docente. São Paulo: Cortez.

Winnicott, D. W. (1975). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago.

Winnicott, D. W. (1999). Tudo começa em casa. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes.

Winnicott, D. W. (2000). Da Pediatria à Psicanálise: obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago.

Winnicott, D. W. (2012). Privação e delinquência. 5 ed. São Paulo: Martins Fontes.

Downloads

Publicado

2024-06-21

Como Citar

Soares, L. E. dos S., & Gomes-da-Silva, P. N. (2024). Oficina de brinquedos e brincadeiras: manejando comportamentos antissociais nas aulas de educação física. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 17(36), e19682. https://doi.org/10.20952/revtee.v17i36.19682

Edição

Seção

Publicação Contínua