A construção narrativa em abismo, em O lobo da estepe
Mots-clés :
Literatura e Filosofia, Hermann Hesse, Mise en Abyme, EspecularidadeRésumé
Em O Lobo da Estepe (1927), o ato de narrar traduz ao mesmo tempo uma metamorfose particular de escrita e um ato reflexivo de consciência. Todo o romance de Hermann Hesse é marcado pelo redobramento do sujeito e da própria narrativa escritural, prefigurando uma estrutura mise en abyme. Por meio de leituras que nos revelem esse tipo de engrenagem narrativa (GIDE, 1951; DÄLLENBACH, 1979; ECO, 1989), propomos uma reflexão sobre a construção em abismo do romance O Lobo da Estepe, compreendendo a complexidade e a vertigem formal como um caminho para a tomada de consciência e o olhar filosófico sobre a existência (SARTRE, 2005).
Références
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GIDE, André. Os moedeiros falsos. Trad. Mário Laranjeira. São Paulo: Estação Liberdade, 2009.
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SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. Trad. Paulo Perdigão. Petrópolis: Vozes, 2005.
TODOROV, Tzvetan. As estruturas narrativas. Trad. Leya Perrone-Moisés. São Paulo: Perspectiva, 2006.
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