A “atitude” filosófica de Walden, de Thoreau

Auteurs

  • Paulo Junior Batista Lauxen UNINTER/SC

Mots-clés :

Exercícios Espirituais, Filosofia Antiga, Literatura, Sabedoria

Résumé

O presente artigo investiga a possibilidade de ler a obra Walden, de Henry D. Thoreau (1817 - 1862), segundo o quadro conceitual desenvolvido por Pierre Hadot (1922 - 2010), em O que é a filosofia antiga? Debruçando-se sobre os textos filosóficos da Antiguidade, Hadot revela que a filosofia se define mais como um modo de vida do que como um discurso filosófico. O propósito desta atividade é “tornar-se melhor” mediante a prática do que ele chama de exercícios espirituais. Não obstante, a filosofia acaba por se distanciar deste caráter marcadamente prático em função de um complexo processo histórico que se reduz a uma atividade exclusivamente discursiva. Hadot localiza ao longo da história figuras que reverberam a tradição antiga de filosofia, como Thoreau, por exemplo. Partindo de Hadot, concluiremos que em Thoreau a literatura se faz filosofia: Walden é ao mesmo tempo um discurso filosófico e um exercício espiritual de seu autor, estando estreitamente vinculado à sua vida filosófica, além de ser recurso “psicagógico” de direção espiritual dos outros.

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Publiée

2021-01-07

Comment citer

LAUXEN, Paulo Junior Batista. A “atitude” filosófica de Walden, de Thoreau. A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura, São Cristóvão-SE: GeFeLit, n. 13, p. 10–24, 2021. Disponível em: https://ufs.emnuvens.com.br/apaloseco/article/view/15051. Acesso em: 18 déc. 2024.

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