Cenário político e econômico da Ditadura Civil-Militar:

interesses capitalistas e populações indígenas no Brasil (1964-1985)

Résumé

Resumo: A expansão capitalista pelo mundo ocorre intimamente vinculada à colonização e à escravização, fatores de peso para o processo de acumulação de riquezas que possibilitou a atual conjuntura política e econômica dos países que adotam esse modo econômico. Tal processo levou, de um lado, ao enriquecimento e à industrialização de potências europeias e, de outro, ao massacre de populações nativas e à formação de Estados nacionais dependentes nos países colonizados. Nesse contexto, os povos indígenas se viram, durante mais de 500 anos de História do Brasil, no centro entre os interesses capitalistas e os objetivos de modernização e progresso almejados pela classe dominante. Isso levou à dizimação de populações e etnias, e à reestruturação violenta do modo de vida dos sobreviventes, o que ocorreu não somente durante o período colonial, mas também em outros períodos da atualidade, sobretudo durante o regime militar (1964-1985). A partir disso, o presente artigo, sob a ótica do materialismo histórico-dialético, propõe-se a analisar o contexto da Ditadura Civil-Militar, sua íntima relação com a economia capitalista e a violência promovida contra as populações indígenas nesse período.

Palavras-chave: Ditadura Civil-Militar; Povos indígenas; Capitalismo.

Graduada em História e Mestra em Ciências Sociais e Humanidades pelo Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER), na Universidade Estadual de Goiás (UEG). E-mail: me.oliveira1@hotmail.com

Doutora em História Social pela Universidade de Brasília (UnB). Docente do curso de História da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Atualmente está vinculada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER/UEG). E-mail: poliene.soares@gmail.com