Cores que marcam: relações de gênero em livros didáticos de Língua Portuguesa

Autores

  • Rosa Virginia Oliveira Soares de Melo Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, Sergipe, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v17i36.19516

Palavras-chave:

Gênero. Língua Portuguesa. Livro Didático

Resumo

Tomando como norte a importância dos livros didáticos (doravante LD) enquanto artefatos de produção das subjetividades, concordando que eles são utilizados expressivamente em salas de aula brasileiras, e admitindo seu potencial de persuasão em relação ao público a que se destinam, este texto faz parte da minha pesquisa de mestrado (De Melo, 2020), e observa como as relações de gênero são trazidas nas imagens, textos e exercícios propostos em duas coleções didáticas de língua portuguesa, aprovadas no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do ano de 2019. Assim, observamos a quantidade de vezes em que modos de ser homem/mulher, pessoas trans e agêneros são citadas nessas coleções didáticas; quantas vezes as cores rosa/azul e seus semelhantes servem como marcador de generificação; que objetos, brinquedos e brincadeiras se mostram como exemplificação daquilo que é adequado ao feminino/masculino; e que esportes e demais características são apontadas como aquelas típicas desses modos de ser mulher/ homem através desses LD.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Butler, J. (2010). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 3a ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Cardoso, L. de R. (2011). Conflitos de uma bruta flor: governo e quereres de gênero e sexualidade no currículo do fazer experimental. In: BRASIL. Secretaria de Políticas para as Mulheres. (Org.). 7° Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. 1a ed. Brasília: Presidência da República, v. 1, p. 35-56.

Cardoso, L. de R. (2016). Relações de gênero, ciência e tecnologia no currículo de filmes de animação. Revista de Estudos Feministas, 24, 63-484. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-026X2016v24n2p463

Carvalhar, D. L. (2009). Relações de gênero no currículo da educação infantil: a produção das identidades de princesas, heróis e sapos. 2009. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Carvalhar, D. L. (2010). Currículo da Educação Infantil: sexualidades e heteronormatividades na produção de identidades. In: Paraíso, M. A. (Org.). Curitiba: Ed. CRV, 31-52.

Casagrande, L. S. & Carvalho, M. G. de. (2006). Educando as novas gerações: representações de gênero nos livros didáticos de matemática. GT: n.23, Agência Financiadora/sem financiamento, p. 01-17. Disponível em: http://29reuniao.anped.org.br/trabalhos/trabalho/GT23-2066--Int.pdf.

De Melo, R. V. O. S. (2020). Singular ao plural: as relações de gênero nos livros didáticos aprovados pelo PNLD 2019. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Educação. Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão.

Felipe, J. & Guizzo, B. S. (2004). Entre batons, esmaltes e fantasias. In: Meyer, D. E. E. & Soares, R. de F. R. (Org.). Corpo, Gênero e Sexualidade. Porto Alegre: Mediação.

Louro, G. L. (2001). Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes.

Martins, E. de F. & Hoffmaann, Z. (2007). Os papéis de gênero nos livros didáticos de ciências. Revista Ensaio, 9(1), 132-151. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172007090109

Meyer, D. E. E. (2000). Cultura Teuto-Brasileiro-Evangélica no Rio Grande do Sul: articulando gênero com raça, classe, nação e religião. Educação & Realidade, 25(1), 135-161.

Miskolci, R. (2007). A teoria Queer e a questão das diferenças: por uma analítica da normalização. 16º Congresso de Leitura do Brasil (Cole). Campinas.

Nascimento, D. L. do. (2014). Relações de gênero em atividades lúdicas: produções generificadas em um currículo da educação infantil. Trabalho de conclusão de curso (Pedagogia). Universidade Federal de Sergipe: Itabaiana.

Oliveira, D. A. de; Dias, A. F. & Cardoso, H. de M. (2017). Normas de gênero e heteronormatividade no currículo escolar. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), Florianópolis.

Paraíso, M. A. (2010a) Apresentação. In: Paraíso, M. A. (Org.). Pesquisas sobre Currículos e Culturas: temas, embates, problemas e possibilidades. Curitiba: Editora CRV, 11-14.

Paraíso, M. A. (2010b). Diferença no currículo. Cadernos de Pesquisa, 40, 587-604. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742010000200014

Paraíso, M. A. (2016). Currículo e relações de gênero: entre o que se ensina e o que se pode aprender. Revista Linhas, 17(33), 206-237. DOI: https://doi.org/10.5965/1984723817332016206

Rosa, G. F. da. (2004). O corpo feito cenário. In: Meyer, D. E. E. & Soares, R. de F. R. (Org.). Corpo, Gênero e Sexualidade. Porto Alegre: Mediação.

Sabat, R. (2002). Filmes infantis como máquinas de ensinar. In: Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. GT Educação e Comunicação. Caxambu.

Schwengber, M. S. V. Professora, cadê seu corpo? (2004). In: Meyer, D. E. E. & Soares, R. de F. R. (Org.). Corpo, Gênero e Sexualidade. Porto Alegre: Mediação.

Scott, J. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, 20 (2), 71-99.

Silva, T. T. (2008). A produção social da identidade e da diferença. In: Silva, T. T. Identidade e Diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis, RJ, 73-102.

Stephanou, M. (1998). Currículo escolar e educação da saúde: um pouco da história do presente. In: Meyer, D. E. E.; Zen, M. I. D. & Xavier, M. L. M. de F. (Org.). Saúde e Sexualidade na Escola. Porto Alegre: Mediação.

Walkerdine, V. (1995). O raciocínio em tempos pós-modernos. Educação e Realidade. 20(2), 207-226.

Xavier Filha, C. (Org.). (2009). Educação para a sexualidade, para a equidade de gênero e para a diversidade sexual. Campo Grande: Editora da UFMS.

Xavier Filha, C. (2011). Era uma vez uma princesa e um príncipe...: representações de ações de gênero nas narra gênero nas narrativas de crianças. Revista de Estudos Femininos, 19(2), 591-603. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2011000200019

Downloads

Publicado

2024-09-13

Como Citar

Melo, R. V. O. S. de. (2024). Cores que marcam: relações de gênero em livros didáticos de Língua Portuguesa. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 17(36), e19516. https://doi.org/10.20952/revtee.v17i36.19516

Edição

Seção

Publicação Contínua