Dança e movimento expressivo numa prisão feminina - um tempo pra um novo espaço interno

Autores

  • Meire Silvana Farias Universidade de Évora, Évora, Portugal.
  • Graça Duarte Santos Universidade de Évora, Évora, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18371

Palavras-chave:

Arte, Conhecimento, Prisão, Reabilitação

Resumo

O presente estudo objetivou investigar os efeitos de uma intervenção de Dança Criativa e Movimento Expressivo na Imagem do Corpo, Autoestima e Comportamentos agressivos em presidiárias. Partiu-se do pressuposto que a prisão é uma instituição educativa por conta da transversalidade das práticas sociais ali desenvolvidas. O método foi quase-experimental randomizado com abordagem quantitativa, através dos instrumentos: Questionário de Imagem Corporal de Bruchon-Schweitzer, a Rosenberg Self-Esteen Scale e o Questionário de Agressividade de Buss-Perry. Foi realizada também uma abordagem qualitativa através de uma análise de conteúdo. Os escores mensurados, verificaram uma média da imagem corporal total favorável, porém, os resultados quantitativos apontaram uma não significância. Sobre a autoestima a média detectada ratificou uma baixa autoestima e dados encontrados não significativos. Acerca da agressividade os dados indicaram uma significância na hostilidade. Sobre a análise qualitativa, todas as variáveis foram significativas. Os dados finais sugerem mais estudos com amostra maior e abordagem quantitativa.

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Publicado

2023-05-11

Como Citar

Farias, M. S., & Santos, G. D. (2023). Dança e movimento expressivo numa prisão feminina - um tempo pra um novo espaço interno. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 16(35), e18371. https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18371