Alterações no estado de humor e repostas afetivas de indivíduos saudáveis submetidos a sessão de treinamento intervalado de alta intensidade utilizando peso corporal

Autores

  • Roberta Rica Faculdade Estácio de Sá

Palavras-chave:

Treinamento Intervalado de Alta Intensidade, Estado de Humor

Resumo

Introdução: O efeito agudo de sessões de treinamento intervalado de alta intensidade utilizando peso corporal (HIIT-C) no estado de humor e em respostas afetivas ainda são inconsistentes na literatura científica. Objetivo: avaliar os efeitos de uma sessão de HIIT-C na resposta afetiva e percepção de humor de indivíduos fisicamente independentes e saudáveis. Métodos: A amostra foi composta de 17 voluntários de ambos os sexos com média de idade de 32 ± 6,14 anos. A sessão de exercício foi realizada em alta intensidade monitorada pela percepção subjetiva de esforço, organizada em aquecimento (5 min) seguido por 20 séries de 30 segundos de exercício e 30 segundos de recuperação passiva entre séries. Os exercicios utilizados foram jumping jack, burpee, mountaim climber e jump squat. Resultados: Os seguintes parâmetros foram analisados antes e após a sessão de treinamento: frequência cardíaca (FC), percepção subjetiva de esforço (PSE), estado de humor (EH) e resposta afetiva (RA). Foi identificado aumento da FC absoluta (Antes: 81,47 ± 8,72, Depois: 151,90 ± 27,59; p= <0,0001), da FC relativa (82 ± 15%), da PSE (8,54 ± 0,70) e da quantidade total de movimentos (503 ± 78).  Diminuição da percepção de prazer foi identificada após a sessão de exercício (Antes: 3,47 ± 1,62, Depois: 0,35 ± 4,10; p= <0,0016).  Considerando o estado de humor, foi encontrado alteração (p< 0,05) apenas nos parâmetros raiva, vigor, fadiga e no distúrbio de humor. Conclusão: Uma sessão de HIIT-C promove aumento da FC com concomitante alteração da resposta afetiva e percepção de humor de indivíduos fisicamente independentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Gibala MJ, Little JP. Just HIT it! A time-efficient exercise strategy to improve muscle insulin sensitivity. J. Physiol. 2010; 588(Pt 18), 3341.
2. Gibala MJ, Gillen JB, Percival ME. Physiological and health-related adaptations to low-volume interval training: influences of nutrition and sex. Sports Medicine. 2014; 44(2), 127-137.
3. Rozenek R, Salassi JW, Pinto NM, Fleming JD. Acute cardiopulmonary and metabolic responses to high-intensity interval training protocols using 60 s of work and 60 s recovery. Journal of strength and conditioning research. 2016; 30(11), 3014-3023.
4. Thompson W. Worldwide Survey of Fitness Trends for 2021. ACSMs Health Fit J. 2021; 25(1): 10-19.
5. McRae G, Payne A, Zelt JG, Scribbans TD, Jung ME, Little JP, et al. Extremely low volume, whole-body aerobic-resistance training improves aerobic fitness and muscular endurance in females. Appl Physiol Nutr Metab. 2012;37:1124-1131.
6. Gist NH, Freese EC, Ryan, TE Cureton KJ. Effects of low-volume, high-intensity whole-body calisthenics on army ROTC cadets. Mil Med. 2015, 180(5), 492-498.
7. Gist NH, Freese EC, Cureton KJ. Comparison of responses to two high-intensity intermittent exercise protocols. J Strength Cond Res. 2014; 28(11), 3033-3040.
8. Machado AF, Evangelista AL, Miranda JM, Teixeira CV, Rica RL, Lopes CR, et al. Description of training loads using whole-body exercise during high-intensity interval training. Clinics. 2018; 73: 73:e516.
9. Machado AF, Evangelista AL, Miranda JMQ, Teixeira CVLS, Leite GS, Rica RL, et al. Sweat rate measurements after high intensity interval training using body weight. Braz J. Sport Med.2018; 24(3): 197-201.
10. Evangelista AL, Evangelista RAGT, Machado AF, Rica RL, Miranda JMQ, Scala CVT. Effects of high-intensity calisthenic training on mood and affective responses. J Exerc Physiol Online, 2017; 20(6), 15-23.
11. Rica RL, Miranda JMQ, Machado AF, Evangelista AL, Teixeira CVLS, Gama EF, et al. Body-image and -size perception after a single session of HIIT body work in healthy adult men. Motricidade. 2018; 14(4): 66-73.
12. Brandão MRF, Leite GDS, Gomes SS, Figueira A, Oliveira RSD, Borin JP. Alteraciones emocionales y la relación con las cargas de entrenamiento en nadadores de alto rendimiento. Rev. bras. ciênc. esporte. 2015; 37(4).
13. Brandt, R, da Silveira Viana M, Crocetta TB, Andrade A. Association between mood states and performance of Brazilian elite sailors: Winners vs. non-winners. Cult. Cienc. y Deporte. 2016; 11(32).
14. Brandt R, Bevilacqua GG, Andrade A. Perceived sleep quality, mood states, and their relationship with performance among Brazilian elite athletes during a competitive period. J. Strength Cond. Res. 2017; 31(4).
15. Gomes JH, Mendes RR, Polito LFT, Zanetti, MC, Bocalini, DS, Junior, AJF. Estado de humor e desempenho físico de jogadores jovens de basquetebol ao longo de uma competição. J. Phys. Educ. 2018; 29(1).
16. Terry PC, Dinsdale SL, Karageorghis CI, Lane AM. Use and perceived effectiveness of pre-competition mood regulation strategies among athletes. In: Proceedings of the 2006 Joint Conference of the Australian Psychological Society and the New Zealand Psychological Society. Psychology Bridging the Tasman: Science, Culture and Practice. 2006.
17. Terry P. The efficacy of mood state profiling with elite performers: A review and synthesis. Sport Psychol. 1995; 9(3), 309-324.
18. Machado AF, Reis VM, Rica RL, Baker JS, Figueira Junior AJ, Bocalini DS. Energy expenditure and intensity of HIIT bodywork® session. Motriz. 2020; 26(4): e10200083.
19. Tanaka H, Monahan KD, Seals DR. Age – Predicted Maximal Heart Revisited. J Am Coll Cardiol. 2001; 37:153-6.
20. Witting AF, Houmard JA, Costill DL. Psychological effects during reduced training in distance runners. Int. J. Sports Med.1989; 10(02), 97-100.
21. Suzuki FS, Paulo AC, Pauksnis MRR, Evangelista AL, Kalytczak MM, Politti F, et al. Multivariate linear regression analysis to evaluate multiple-set performance in active and inactive individuals. Motriz. 2019; 25(2): e101919.
22. Teixeira CVLS, Ferreira SE, Evangelista AL, da Silva-Grigoletto ME, Gomes RJ. Acute psychobiological responses of resistance training with different levels of social interaction. Rev Andal Med Deporte. 2016; DOI: 10.1016/j.ramd.2015.11.004
23. Meyer JD, Ellingson LD, Koltyn KF, Stegner AJ, Kim JS, Cook DB. Psychobiological responses to preferred and prescribed intensity exercise in major eepressive disorder. Med Sci Sports Exerc. 2016;48:2207-2215.
24. Werneck FZ, Bara Filho MG, Coelho EF, Ribeiro LS. (2010). Efeito agudo do tipo e da intensidade do exercício sobre os estados de humor. Rev. Bras. Ativ. Fis. 2010; 15(4), 211-217.
25. Dishman RK, Farquhar RP, Cureton KJ. Responses to preferred intensities of exertion in men differing in activity levels. Med Sci Sports Exerc. 1994;26:783-790.
26. Miranda REEC, De Mello MT, Antunes HKM. Exercício físico, humor e bem-estar: considerações sobre a prescrição da alta intensidade de exercício. Ver. Psicol. Saude. 2011.
27. Frazão DT, de Farias Junior LF, Dantas TC, Krinski K, Elsangedy HM, Prestes J, Hardcastle SJ, Costa EC. Feeling of pleasure to high-intensity interval exercise is dependent of the number of work bouts and physical activity status. PLoS One. 2016; 11:e0152752
28. Bottaro M, Ernesto C, Celes R, Farinatti PT, Brown LE, Oliveira RJ. Effect of the rest interval duration between contractions on muscle fatigue. Biomed Eng Online. 2012; 11:89.
29. Dalamitros AA, Zafeiridis AS, Toubekis AG, Tsalis GA, Pelarigo JG, Manou V, Kellis S. Effects of short-interval and long-interval swimming protocols on performance, aerobic adaptations, and technical parameters: A training study. J Strength Cond Res. 2016; 30:2871-2879.

Downloads

Publicado

2022-04-17

Como Citar

Rica, R. (2022). Alterações no estado de humor e repostas afetivas de indivíduos saudáveis submetidos a sessão de treinamento intervalado de alta intensidade utilizando peso corporal. Revista Interdisciplinar De Pesquisa E Inovação, 12(1), 1–9. Recuperado de https://ufs.emnuvens.com.br/revipi/article/view/15970