ESTRATÉGIA DE FAMÍLIA
ENTRE A INTERDIÇÃO RELIGIOSA E A CIENTÍFICA À PRÁTICA DA ENDOGAMIA NAS MINAS GERAIS EM FINS DO SÉCULO XIX
DOI:
https://doi.org/10.32748/revec.v6i17.15728Resumo
Abordar a relação das pesquisas médico-científicas com o comportamento da sociedade nunca foi tema mais atual. O presente artigo debruça sobre a influência que o discurso médico-científico exerceu sobre as decisões matrimoniais de um grupo familiar, os Ferreira da Fonseca/ Armond, em Minas Gerais, a partir de fins do século XIX, o que permite debater, na larga escala, o abandono da estratégia de casamentos consanguíneos em prol de casamentos extrafamiliares. Sob o impacto dos primeiros estudos de genética, a estratégia tinha a intenção de prevenir, ao longo das gerações, que seus membros herdassem doenças geneticamente potencializadas pelo casamento consanguíneo dosprogenitores. A relação entre sociedade e ciência em momento tão contemporâneo (2020) é um dos resultados da construção dessa relação ao longo de um século e meio e a mudança nas práticas sociais de casamento, resultantes dos enunciados emanados pelas pesquisas médico-científicas no campo da Genético, é campo preferencial para se analisar o lugar do discurso médico no engendramento dos comportamentos sociais, uma vez que as relações conjugais se situam na intimidade do lar e é necessário a introjeção individual desse discurso para que a sociedade modele coletivamente seu comportamento segundo as prescrições médico-científicos.
Palavras-chave: Casamentos Consanguíneos. Genética. História da Medicina
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