ENTRE A BIBLIOTECA E A CLÍNICA
PATOLOGIAS NO IMAGINÁRIO LITERÁRIO DO NATURALISMO
DOI:
https://doi.org/10.32748/revec.v6i17.15725Resumo
A literatura enquanto monumento capaz de abarcar as mais diversas ciências se apropria de temas e práticas sociais inerentes à ordem do real para sua constituição (BARTHES, 2013). Nesse sentido, as patologias que acometem o sujeito constituem um campo fértil de atuação para as narrativas literárias, de modo a explorá-las e investigar suas acepções no âmbito social, no espaço-tempo recortados. Assim, a vertente que mais se desponta a abordar tais moléstias é a do Naturalismo, marcada particularmente pelo cientificismo e pelo senso do real. Logo, a investigação feita neste trabalho permeia as manifestações e teorias no que se referem ao alcoolismo, à loucura, ao tratamento de reclusão e às demais doenças derivadas do excesso alcoólico. A partir de aportes teóricos como de Émile Zola, Michel Foucault e Fernando Santos, que tratam respectivamente do romance experimental, da loucura e do alcoolismo, analisa-se aqui as patologias exploradas nos romances naturalistas L’Assommoir (1877) e Alma em delírio (1909), de modo a investigar as teorias científicas em torno dessas e, por fim, averiguar o papel da literatura enquanto mediadora do diálogo existente entre os discursos da ciência e do corpo social.
Palavras-chaves: Literatura. História da Saúde. Psiquiatria
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