Breve comentário sobre o artigo Gravura e desenho, de Ferreira Gullar
DOI:
https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v9i21.2526Abstract
Ferreira Gullar (1930) publicou o artigo intitulado “Gravura e Desenho” no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil (SDJB), em 11 de novembro de 1956. Estamos apenas no segundo mês do seu trabalho de cinco anos como editor da seção de artes visuais do encarte, que se tornou órgão oficioso do Neoconcretismo anos depois. A excepcionalidade desse artigo deve-se não somente à sua idade, pois ele tinha vinte e seis anos, como também à qualidade da análise, que distinguiu dois tipos psicológicos – o do gravador e do desenhista – em função dos meios de expressão. A definição dos tipos psicológicos não deve distrair o leitor, pois o texto já fazia parte da renovação modernista que transformou a arte brasileira depois da II Guerra Mundial. Com a vitória do abstracionismo (geométrico e informal), um segmento da crítica nacional acreditou na autonomia do objeto, cujas características eram definidas por categorias constituídas, tais como pintura, escultura, gravura, desenho, arquitetura, etc.