FARIA E SOUSA, A FORTUNA E O DISCURSO INCRIMINATÓRIO
DOI:
https://doi.org/10.47250/intrell.v36i1.p141-153Palabras clave:
Literatura Portuguesa, Retórica, União Ibérica, Século 17, CrimesResumen
Na década de 1640, Manuel de Faria e Sousa (1590-1649) compôs a sua Fortuna (...), relato de vida em que o escritor narra em primeira pessoa a sua corrente de trabalhos, estribado na condição de secretário de notáveis senhores da corte de Filipe IV. Nela, o letrado português apronta uma defesa de conduta que, ao mesmo tempo, desata numa contundente acusação contra Manuel de Moura Corte Real, embaixador de Espanha em Roma, a quem o escritor atribui a autoria de uma série de delitos e torpezas contra o bem comum. O presente texto visa a estudar parte dos recursos retóricos aplicados no papel seiscentista, na exposição dos supostos crimes cometidos pelo aristocrata luso-espanhol.
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