<strong>Aspectos da Natureza no Romantismo: um recorte crítico</strong>
Resumen
RESUMO
O Romantismo literário desenvolveu, em suas bases, profundas relações entre o universo subjetivo e a realidade objetiva, o que deu origem a uma série de contradições entre a expressão individual e o mundo da civilização. A transcendência romântica promove a preponderância da visão subjetiva sobre a cultura, utilizando formas da natureza como extensão do próprio eu. Neste contexto, a filosofia também propôs reflexões que contribuíram para a compreensão do homem desalojado de sua unidade com o mundo natural, entregue às dissonâncias e fragmentações da realidade e motivado a formas de reintegração por meio da transcendência. Este artigo pretende aproximar a crítica filosófica romântica a uma questão pertinente aos autores românticos: a relação entre o indivíduo e a Natureza.
PALAVRAS-CHAVE: Romantismo. Filosofia. Natureza. Transcendência.
ABSTRACT
Literary Romanticism developed at its base a deep relationship between the subjective world and objective reality, which gave rise to a number of contradictions between individual expression and the world of civilization. Romantic transcendence promotes the preponderance of the subjective view of the culture by using the forms of nature as an extension of self. In this context, philosophy also proposed reflections that contributed to the understanding of the man who is dislodged from his ‘oneness’ with the natural world, given over to the dissonance and fragmentation of reality, and impelled toward forms of reintegration through transcendence. This article aims to raise bring Romantic philosophical criticism to a question relevant to authors of the period: the relationship between the individual and Nature.
KEYWORDS: Romanticism. Philosophy. Nature. Transcendence.
Citas
ABRAMS, M. H. El espejo e la lámpara. Tradición crítica acerca del hecho literário. Buenos Aires: Editorial Nova Buenos Aires, 1962.
BÉGUIN, A. El alma romântica y el sueño. México: Fondo de Cultura Econômica, 1996.
BOSI, A. Imagens do Romantismo no Brasil. In: GUINSBURG, J. O Romantismo. São Paulo: Perspectiva, 1993. p. 239-256.
GOETHE, J. Os sofrimentos do jovem Werther. Trad. Galeão Coutinho. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
GOMES, A. C.; VECHI, C. A. A estética romântica. Textos doutrinários comentados. Trad. Maria Antonia Simões Nunes e Duílio Colombini. São Paulo: Atlas, 1992.
HAUSER, A. História social da arte e da literatura. Tradução Álvaro Cabral. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
LOWY, M.; SAYRE, R. Revolta e melancolia: O romantismo na contramão da modernidade. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
MOISÉS, C. F. Poesia e Realidade: ensaios acerca da poesia brasileira e portuguesa. São Paulo: Cultrix, Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1977.
NOVALIS. Pólen. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Iluminuras, 2002.
NUNES, B. A visão romântica. In: GUINSBURG. J. O Romantismo. 3ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1993. p. 51-74.
PAZ, O. A outra voz. São Paulo: Siciliano, 2001.
QUEIRÓS, E. de. Entre a neve. In: ______. Civilização e outros contos. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004. p. 17-22.
ROSENFELD, A. Aspectos do Romantismo alemão. In: ______. Texto / Contexto. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1985. p. 147-171.
______. Romantismo e Classicismo. In: GUINSBURG, J. O Romantismo. São Paulo: Perspectiva, 1993. p. 261-274.
SALIBA, E. T. As utopias românticas. 2 ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.
SCHELLING, F. W. J. Ideias para uma filosofia da natureza. Trad. Carlos Morujão. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2001.
SCHILLER, F. Poesia ingênua e sentimental. Trad. Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 1991.
VERÍSSIMO, J. História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Record, 1998.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
O/A autor/a deverá concordar com os termos da Declaração de Direitos Autorais, no qual cede à revista A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura como detentora dos direitos autorais da publicação.
1. As opiniões expressas nos textos submetidos à revista A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura são de responsabilidade do/a autor/a.
2. Autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
3. O/A autor/a comprometem-se a seguir as “Normas para submissão de manuscritos”, na plataforma SEER.
4. Compete aos/às autores/as aceitar as sugestões de alterações na submissão, quando encaminhadas por sugestão dos/as avaliadores/as, Revisores/as Científicos e/ou da Comissão Executiva. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, se for o caso.
5. A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.
6. Os textos são originais, não publicados nem submetidos a outras revistas.
Licença Creative Commons CC BY-SA (Atribuição - Compartilha Igual) 4.0 Internacional.