O espelho de Machado e os espelhamentos de Magritte
Abstract
Dentre os muitos significados que o espelho, speculum, adquiriu ao longo dos tempos, notamos que ele é valorado como um símbolo de coisas elevadas nas mais diferentes culturas. Para os indo-budistas, por exemplo, o espelho é símbolo da sabedoria e do conhecimento; para a tradição nipônica é símbolo da verdade e da pureza perfeita da alma; para os chineses, é o reflexo do espelho que está relacionado à verdade e também ao sábio em não-atividade. E o que dizer dos Xamãs, para quem os espelhos funcionavam como amuletos que adornavam suas vestes porque se acreditava que refletiam as ações dos homens e também porque eram uma proteção contra os dardos dos espíritos maus em suas viagens espirituais? Na tradição grega, por sua vez, o espelho é metáfora para a alma; tanto em Platão quanto em Plotino, a alma é o espelho perfeito.
References
ADES, Dawn. O dadá e o surrealismo. Barcelona: Labor do Brasil, 1976.
BRANDÃO, Jacyntho Lins. A poética do Hipocentauro. Belo Horizonte: UFMG, 2001.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1996.
OLIVEIRA, Luiz Claúdio Vieira de. Guimarães Rosa leitor de Machado de Assis. O eixo e a roda, Revista de
Literatura Brasileira, FALE, UFMG, vol.7, 2001.
PAQUET, Marcel. René Magritte 1898-1967. Lisboa: Taschen, 2000.
REGO, Enylton de Sá. O calundu e a panacéia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2009 A Palo Seco - Escritos de Filosofia e Literatura
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
O/A autor/a deverá concordar com os termos da Declaração de Direitos Autorais, no qual cede à revista A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura como detentora dos direitos autorais da publicação.
1. As opiniões expressas nos textos submetidos à revista A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura são de responsabilidade do/a autor/a.
2. Autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
3. O/A autor/a comprometem-se a seguir as “Normas para submissão de manuscritos”, na plataforma SEER.
4. Compete aos/às autores/as aceitar as sugestões de alterações na submissão, quando encaminhadas por sugestão dos/as avaliadores/as, Revisores/as Científicos e/ou da Comissão Executiva. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, se for o caso.
5. A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.
6. Os textos são originais, não publicados nem submetidos a outras revistas.
Licença Creative Commons CC BY-SA (Atribuição - Compartilha Igual) 4.0 Internacional.