Esta é uma versão desatualizada publicada em 02-10-2019. Leia a versão mais recente.

DA SALA OU DA COZINHA: QUE HORAS ELA VOLTA? - ESTUDO DE RECEPÇÃO COM DOMÉSTICAS E PATROAS: REFLEXÕES SOBRE PERCURSOS METODOLÓGICOS

Autores

  • Everton de Almeida Nunes Universidade Federal de Sergipe
  • Erna Barros Universidade Federal de Sergipe
  • Danielle Parfentieff de Noronha Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v7n13p180-202

Resumo

O presente artigo propõe discutir alguns dos aspectos conceituais da Teoria Fundamentada em Dados (Grounded Theory) e apresentar a aplicabilidade deste procedimento metodológico na análise de recepção, utilizando como exemplo a pesquisa de mestrado intitulada Da Sala ou Da Cozinha: Que horas ela volta? - estudo de recepção com domésticas e patroas. A dissertação foi realizada no curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS), entre 2015 a 2018, e tomou como ponto de partida o filme brasileiro “Que Horas Ela Volta? (2015), dirigido por Anna Muylaert. Neste texto buscamos apresentar como tal abordagem teórica, junto aos Estudos da Recepção, pode contribuir na compreensão dos significados construídos pelo recorte de audiência a ser analisado, sobretudo por ser uma metodologia com raízes no interacionismo simbólico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Everton de Almeida Nunes, Universidade Federal de Sergipe

Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (PPGED/UFS). E-mail: ewertton.nunes@gmail.com

Erna Barros, Universidade Federal de Sergipe

Doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe (PPGS/UFS). E-mail: ernabarros@gmail.com

Danielle Parfentieff de Noronha, Universidade Federal de Sergipe

Doutora em Mídia, Comunicação e Cultura pela Universitat Autònoma de Barcelona, mestra em Antropologia pela Universidade Federal de Sergipe e jornalista, graduada pela Universidade Metodista de São Paulo. E-mail: danielledenoronha@gmail.com

Referências

ALENCAR, S.E.P. O cinema na sala de aula: uma aprendizagem dialógica da disciplina história. Dissert. mestrado. Fac. de Educação. Univ. Federal do Ceará. Fortaleza/CE. 2007

AUMONT, J. A Imagem. Campinas: Papirus, 2002.

BARBERO, M. J. Uma aventura epistemológica. Matrizes, v. 2, n. 2, 2009-b. Entrevista concedida à Maria Immacolata Vassalo de Lopes.

BARROS, A. T., JUNQUEIRA, R. D. A elaboração do projeto de pesquisa. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2011.

BENZIES, K. M., & ALLEN, M. N. Symbolic interactionism as a theoretical perspective for multiple method research. Journal of advanced nursing, 2001.

BIROLI, F. Mídia, tipificação e exercícios de poder: a reprodução dos estereótipos no discurso jornalístico. Revista Brasileira de Ciência Política, nº 6. Brasília: 71-98, 2011.

BLUMER, H. What is wrong with social theory? American Sociological Review, 1954.

BORDWELL, D. Making meaning: inference and rhetoric in the interpretation of cinema. USA: Harvard University Press, 1991.

BRYANT, A., & CHARMAZ, K. Grounded Theory in Historical Perspective: An Epistemological Account. In A. Bryant & K. Charmaz (Eds.), The SAGE Handbook of Grounded Theory. London: Sage, 2007.

CASETTI, F. Cómo analizar un film. Buenos Aires: Paidós, 2007.

CHARMAZ K. A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009.

_____________, Constructing Grounded Theory. A Practical Guide Through Qualitative Analysis. London: Sage Publications, 2006.

COULON, A. A Escola de Chicago. Campinas: Papirus, 1995.

CRENSHAW, K. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics. University of Chicago Legal Forum, 14: 139-67, 1989.

DE NORONHA, D. P. Cinema, memória e ditadura civil-militar: representações sobre as juventudes em O que é isso, companheiro? e Batismo de Sangue. Tesina de máster: Universidade Federal de Sergipe, 2013.

DUCH, L.; CHILLÓN, A. Un ser de mediaciones: Antropología de la comunicación, Vol 1. Barcelona: Herder, 2012.

ESCOSTEGUY, A C. Notas para um estado da arte sobre os estudos brasileiros da recepção nos anos 90.Porto Alegre: Editora Sulina, 2004.

FERREIRA, R. M. C. Telenovelas Brasileiras e Portuguesas: padrões de audiência e consumo. Aracaju: Edise, 2015.

FIELDING, N. and LEE, R. Computer Analysis and Qualitative Research, London: Sage. 1998

GLASER, B. G.; STRAUSS, A. L. The discovery of grounded theory : strategies for qualitative research. London: Aldine Transaction, 1967.

GOMES, I. Efeito e recepção: a interpretação do processo receptivo em duas tradições de investigação sobre os media. Rio de Janeiro: E-papers, 2005.

HALL, P. M. Interactionism and the study of social organization. The sociological

quarterly, 1987.

LUGONES, M. “Colonialidad y género”. Tabula Rasa, nº 9: 75-101, 2008.

MAIGRET, E. Sociologia da comunicação e das mídias. São Paulo: Senac, 2010.

MASCARELLO, F. Os estudos culturais e a recepção cinematográfica: um mapeamento crítico. Revista EcoPós, v. 7, n.2. 2004.

MARQUES CARRIÇO FERREIRA, Raquel y PEREIRA MATTOS FELIZOLA, Matheus. Teoria fundamentada em dados uma experiência metodológica. Argentina: Estudios Sociológicos Editora, 2012.

RUÓTOLO, A. C., Audiência e recepção: perspectivas, Comunicação e Sociedade. São Bernardo do Campo: UMESP, 1998.

PINTO, M. R., SANTOS, L. L. da S. A Grounded Theory como abordagem metodológica: relatos de uma experiência de campo. Salvador, 2012.

QUE HORAS ELA VOLTA?. Direção: Anna Muylaert. Pandora Filmes. Brasil, 2015.

Em: <http://www.facebook.com/quehorasfilme>. Acesso em 09 de julho de 2016.

SANTOS SR, NÓBREGA MML. A Grounded Theory como alternativa metodológica para pesquisa em enfermagem. Rev Bras Enferm. setembro/outubro; 5(55), p. 575-9, 2002.

SOUZA, M. L. R.. Modos de Ver e Viver o Cinema: etnografia da recepção fílmica e seus desafios. Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, ano 3, ed 5, 2014.

SOUSA, M. W. Recepção e comunicação: a busca do sujeito. In SOUSA, Mauro Wilton (org). Sujeito, o Lado Oculto do Receptor. São Paulo: Brasiliense, 1995.

STAM, Robert. Introdução à Teoria do Cinema. Ed. Papirus, 2000.

_________, Robert. Multiculturalismo Tropical. São Paulo: Ed. Edusp, 2008.

STRAUSS, Anselm L.; CORBIN, Juliet. Basics of Qualitative Research: Grounded Theory, Procedures and Techniques. Newbury: SAGE, 1990.

TRINIDAD, A., CARRERO, V. e SORIANO, R. M. Teoría Fundamentada “Grounded Theory”: La Construcción de la teoria através del análisis interpretacional, Madrid: CSI Cuadernos Metodológicos, nº 37, 2006.

KANTER, R. M. Symbolic interactionism and politics in systemic perspective.

Sociological inquiry, 1972.

XAVIER, I. A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Graal, 1983.

Downloads

Publicado

02-10-2019

Versões

Como Citar

DE ALMEIDA NUNES, Everton; BARROS, Erna; PARFENTIEFF DE NORONHA, Danielle. DA SALA OU DA COZINHA: QUE HORAS ELA VOLTA? - ESTUDO DE RECEPÇÃO COM DOMÉSTICAS E PATROAS: REFLEXÕES SOBRE PERCURSOS METODOLÓGICOS. Ambivalências, São Cristóvão-SE, v. 7, n. 13, p. 180–202, 2019. DOI: 10.21665/2318-3888.v7n13p180-202. Disponível em: https://ufs.emnuvens.com.br/Ambivalencias/article/view/11307. Acesso em: 24 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigo