ORGANIZAÇÃO DE GANGUES NA REGIÃO METROPOLITANA DA GRANDE VITÓRIA

Authors

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v6n12p105-129

Abstract

Nesse artigo pretende-se discutir a organização de gangues no Brasil contemporâneo, com destaque para as organizações varejistas de tráfico de drogas nos bairros periféricos das regiões metropolitanas. Tomaremos o caso da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) para compreender a formação de uma região e de seus bairros periféricos, de forma a pensar variáveis que possam influenciar na formação dessas gangues. Pretende-se apresentar e analisar a forma como as gangues na região elaboram sua dinâmica, a partir do depoimento de adolescentes em conflito com a lei, que cumpriam medida de internação. Argumentamos que para a maioria dos membros dessas gangues, a organização entre elas é uma busca principalmente por proteção.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Amílcar Cardoso Vilaça de Freitas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSul)

Professor EBTT de socioloia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSul), câmpus Lajeado. Pós-doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pelotas (PPGS/UFPel) e doutor em sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGSA/UFRJ)

References

BEATO, C.; ZILLI, L. F. A estruturação de atividades criminosas: um estudo de caso. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 27, n. 80, p. 71-89, out. 2012.

BITTENCOURT, M. B. As políticas da insegurança: da Scuderie Detetive Le Cocq às Masmorras do Novo Espírito Santo. 2014. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2014.

BOURGUIGNON, N. Corte interamericana exige mudanças urgentes na Unis em Cariacica. Gazeta Online, 15 de dezembro de 2017. Disponível em: https://www.gazetaonline.com.br/noticias/cidades/2017/12/corte-interamericana-exige-mudancas-urgentes-na-unis-em-cariacica-1014111413.html. Acesso em: 13 nov. 2018.

DOS ANJOS, E. E. A ‘pistolagem’ entre nós: crimes de mando na violência do espírito santo. SINAIS - Revista Eletrônica. Ciências Sociais. Vitória: CCHN, UFES, v.1, n.04, p.186-217, dez. 2008.

FELTRAN, G. de S. Periferias, direito e diferenças: notas de uma etnografia urbana. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, v. 53, n. 2, p.565-610, 2010,

FREITAS, A. C. V. E isso é bandido?: engajamentos à vida no crime na Região Metropolitana de Vitória. 2016. Tese (Doutorado em sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

______. Para aquém do bem e do mal: pentecostalismo e criminalidade. Cencias Sociales y Religión / Ciências Sociais e Religião, v. 19, p. 32-46, 2017.

______. Porque adolescentes matam: cinco tipos puros de accounts para o assassinato na região metropolitana da grande vitória elaborados a partir de relatos de adolescentes em conflito com a lei. Revista Brasileira de Sociologia do Direito, v. 1, p. 32, 2014.

FREITAS, A. C. V.; COSTA, E. S. Trabalhar e não ser trabalhador: pertencimento e reconhecimento de classe na ?vida do crime?. Revista Direito GV (ONLINE), 2018. (No prelo).

GRILLO, C. C. Coisas da vida no crime: tráfico e roubo em favelas cariocas. 2013. Tese (Doutorado em antropologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

HIRATA, D.; MARQUES, A.; FELTRAN, G.; BIONDI, K. A quem serve negar o impacto PCC? In: Caros Amigos: a primeira à esquerda. 24 de agosto de 2012. Disponível em: http://www.carosamigos.com.br/index.php/artigos-e-debates/2907-a-quem-serve-negar-o-impacto-pcc Acesso em: 16 mar. 2017.

MALLART, F. Cadeias dominadas: a Fundação CASA, suas dinâmicas e as trajetórias dos jovens internos. São Paulo: Terceiro nome, 2014.

MATTOS, R. F. S. Segregação sócio-espacial e violência urbana na região metropolitana da Grande Vitória. Dimensões, v. 25, p. 249-265, 2010

MISSE, M. Malandros, marginais e vagabundos: acumulação social da violência no Rio de Janeiro. 1999. Tese (doutorado em sociologia) – Iuperj, Rio de Janeiro, 1999.

______. Le Movimento: les rapports complexes entre trafic, police et favelas à Rio de Janeiro. Déviance et société. v. 32, p. 495-506, 2008.

NERI, N. E. Tirando a cadeia dimenor: a experiência de internação e as narrativas de jovens em conflito com a lei no Rio de Janeiro. 2009. Dissertação (Mestrado em sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

NUNES DIAS, Camila Caldeira. Encarceramento, seletividade e opressão: a “crise carcerária” como projeto político. São Paulo: Friedrich-Ebert-Stiftung (FES) Brasil, 2017.

RIBEIRO JÚNIOR, H. As políticas prisionais capixabas, a criminalização seletiva e as violações de direitos humanos. Criminologias e política criminal CONPEDI/UFSC, Florianópolis: CONPEDI, p. 141-62, 2014.

ROCHA, H. C.; MORANDI, A. M. Cafeicultura e grande indústria: a transição no Espírito Santo 1955-1985. 2. ed. Vitória: Espírito Santo em Ação, 2012.

SHAW, C.; MCKAY, H. D. Juvenile delinquency and urban areas. Chicago: University of Chicago Press, 1942.

ZALUAR, A. O Condomínio do Diabo. Rio de Janeiro: Revan, 1994.

ZANOTELLI, C. L.; et alli. Geografia da criminalidade no Brasil: o caso do Espírito Santo. In: Encontro de Geógrafos da América Latina, 10., 2007, Bogotá. Anais [...] Bogotá, Colômbia, 2007.

ZILLI DO NASCIMENTO, L. F. “O bonde tá formado”: gangues, ambiente urbano e criminalidade violenta. 2011. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011.

Published

2019-01-28

How to Cite

FREITAS, Amílcar Cardoso Vilaça de. ORGANIZAÇÃO DE GANGUES NA REGIÃO METROPOLITANA DA GRANDE VITÓRIA. Ambivalências, São Cristóvão-SE, v. 6, n. 12, p. 105–129, 2019. DOI: 10.21665/2318-3888.v6n12p105-129. Disponível em: https://ufs.emnuvens.com.br/Ambivalencias/article/view/9911. Acesso em: 23 dec. 2024.

Issue

Section

Dossiê: Enquadramentos de Estado e violações de direitos