Cadeia produtiva de ostras no Baixo Sul da Bahia: um olhar socioeconômico, de saúde pública, ambiental e produtivo / Productive chain of oysters in the Baixo Sul of Bahia: a socioeconomic, public health, environmental and productive look
DOI :
https://doi.org/10.2312/Actafish.2017.5.1.10-21Mots-clés :
Perfil socioeconômico, extrativistas, ostreicultores, renda, trabalho.Résumé
Resumo O estudo teve como objetivo caracterizar o perfil socioeconômico das marisqueiras e produtores de ostras nos municípios de Valença e Taperoá, Bahia, bem como realizar um levantamento das condições de vida e trabalho. Foram realizadas 102 entrevistas, sendo oito com produtores e 94 com marisqueiras. O perfil sócio econômico dos produtores e marisqueiras mostra que as pessoas vivem em condições precárias de moradia e possuem baixo nível de escolaridade, havendo a necessidade de uma organização da cadeia produtiva de moluscos bivalves, uma vez que a baixa renda das marisqueiras é uma resposta a falta de agregação de valor ao produto e a atuação de atravessadores. O processamento dos moluscos é realizado de forma precária o que compromete a qualidade microbiológica do produto. A atividade de ostreicultura que poderia ser uma alternativa para a melhoria dessa situação se encontra afetada pela falta de uma gestão participativa que permita que a ostra de cultivo ganhe mercado.
Références
Bernardo, S.J., Maciel, M.I.S. & Silva, A.P.G. (2009). Avaliação dos aspectos higiênico-sanitários no processamento de moluscos na comunidade de pescadores (as) artesanais da Ilha de Deus, Recife-PE. In: Anais do Congresso Brasileiro de Economia Doméstica, 20. Fortaleza: CBED.
Bezerril, G. (2012). Trabalho no mangue: os saberes e a busca por valorização das marisqueiras de Fortim-Ceará. Cadernos do Leme, 4(1): 5-33.
Brandini, F.P., Silva, A.S. & Proença, L.A.O. (2000). Oceanografia e maricultura. In: Valenti, W.C. et al. Aquicultura no Brasil: bases para um desenvolvimento sustentável, pp.107-142.. Brasília: CNPq
Brasil. (2011). Ministério da Educação. Portaria no. 1.015 de 21 de julho de 2011. Institui o Programa Nacional Mulheres Mil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 jul. 2011. Seção 1: 38.
Castilho-Westphal, G.G., Dal Pont, G., Horodesky, A. & Ostrenky, A. (2014). Comunidades ribeirinhas extrativistas e a exploração de bancos de ostras do mangue Crassostrea sp., na baía de Guaratuba - Paraná, litoral sul do Brasil. Biosci. J., 30 (supple. 2): 912-923.
Dias, T.L.P.; Rosa, R.S. & Damasceno, L.C.P. (2007). Aspectos socioeconômicos, percepção ambiental e perspectivas das mulheres marisqueiras da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão (Rio Grande do Norte, Brasil). Gaia Sci., 1(1): 25-35.
Evangelista-Barreto, N.S., Daltro, A.C.S., Silva, I.P. & Bernardes, F.S. (2014). Indicadores socioeconômicos e percepção ambiental de pescadores em São Francisco do Conde, Bahia. Bol. Inst. Pesca, 40(3): 459-470.
Evangelista-Barreto, N.S., Pereira, A.F., Silva, R.A.R. & Ferreira, L.T.B. (2014). Presença de enteropatógenos resistentes a antimicrobianos em ostras e sururus da baia do Iguape, Maragogipe (Bahia). Rev. Acad. Ciênc. Agrar. Ambient., 12(1): 25-34.
Fagundes, L., Gelli, V.C., Otani, M.N., Vicente, M.C.M. & Fredo, C.E. (2004). Perfil sócio-econômico dos mitilicultores do litoral paulista. Inf. Econ., 34(5): 47-59.
Gomes, R.S.; Araújo, R.C.P.; Dantas-Neto, M.P. (2008) Contribuição da ostreicultura para formação da renda familiar: Estudo de caso do Projeto de Ostreicultura Comunitário da Fundação Alphaville, Eusébio - Ceará. In: Anais Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, pp.1-21. Rio Branco: SOBER
Jesus, R.S. & Prost, C. (2011). Importância da atividade artesanal de mariscagem para as populações nos municípios de Madre de Deus e Saubara, Bahia. Geousp - Espaço e Tempo, 30(1): 123-137.
Johnson, R.B., Onwuegbuzie, A.J. & Turner, L.A. (2007). Toward a Definition of Mixed Methods Research. J. Mixed Met. Resear., 1(2): 112-133.
Machado, I.C., Fagundes, L. & Henriques, M.B. (2010). Perfil socioeconômico e produtivo dos extrativistas da ostra de mangue Crassostrea spp. em Cananéia, São Paulo, Brasil. Inf. Econ., 40(7): 68-76.
Marcelino, R.L., Sassi, R., Cordeiro, T.A. & Costa, C.F. (2005). Uma abordagem sócio-econômica e sócio-ambiental dos pescadores artesanais e outros usuários ribeirinhos do estuário do Rio Paraíba do Norte, Estado da Paraíba, Brasil. Trop. Oceanog., 33(2): 183-197.
Nishida, A.K., Nordi, N. & Alves, R.R.N. (2008). Aspectos socioeconômicos dos catadores de moluscos do litoral paraibano, nordeste do Brasil. Rev. Biol. Ciênc. Terra, 8(1): 207-215.
Nobrega, G.S., Cardoso, R.C.V., Furtunato, D.M.N., Goes, J.A.W., Ferreira, T.C.B., Santos, M.D.F. & Santos, S.M.G. (2014). Formação para marisqueiras em segurança de alimentos e saúde do trabalhador: uma experiência na comunidade de Ilha do Paty, Bahia, Brasil. Ciênc. Saúde Col., 19(5): 1561-1571.
Oliveira-Neto, F.M. (2005). Diagnóstico do cultivo de moluscos em Santa Catarina. Florianópolis, SC: Epagri, (Documentos, 220).
Pena, P.G.L., Freitas, M.C.S. & Cardim, A. (2011). Trabalho artesanal, cadências infernais e lesões por esforços repetitivos: estudo de caso em uma comunidade de mariscadeiras na Ilha de Maré, Bahia. Ciênc. Saúde Col., 16(8): 3383-3392.
Rosa, M.F.M. & Mattos, U.A. O. (2010). A saúde e os riscos dos pescadores e catadores de caranguejos da Baía de Guanabara. Ciênc. Saúde Col., 15(1): 1543-1552.
Santiago, L. & Accioly, M.C. (2011) Trabalho na lama: saberes e fazeres de marisqueiras em Garapuá e Barra dos Carvalhos – BA. In: 1º Seminário Espaço Costeiros: dinâmicas e conflitos do litoral baiano, 2011, Salvador. Anais... Salvador, Instituto de Geociência da UFBA.
Santos, S.S., Faleta1, L.G., Cova, A.W., Barreto, L.M. & Evangelista-Barreto, N.S. (2011). Perfil socioeconômico dos extrativistas e produtores da ostra de mangue, Crassostrea spp. no entorno de Valença, Bahia, Brasil. In: XVII Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, 2011, Belém. Anais... Belém: Associação Brasileira dos Engenheiros de Pesca.
Santos, M.D.F. (2013). A pesca artesanal e a qualidade de pescados recém capturados em comunidades de São Francisco do Conde - BA. [Dissertação de Mestrado]. Salvador (BA): Universidade Federal da Bahia.
Santos, S.S., Barreto, L.M., Silveira, C.S., Reis, N.A., Lima, K.A., Souza, J.S. & Evangelista-Barreto, N.S. (2015). Condições sanitárias de ostras produzidas e comercializadas em Taperoá, Bahia e o efeito da depuração na redução da carga microbiana. Actapesca, 3(2): 49-60.
Silva, J.B., Pereira, E.C.G. & Torres, M.F.A.T. (2007). Reconhecimento de impactos ambientais por comunidades pesqueiras no estuário do rio Itapessoca - PE/Brasil. In: SÁ, A. J.; Corrêa, A. C. B. (Org.). Regionalização e Análise Regional. Recife: Universitária, 1: 125 - 138.
Silva, M.C., Oliveira, A.S. & Nunes, G.Q. (2007). Caracterização socioeconômica da pesca artesanal no município de Conceição do Araguaia, estado do Pará. Amazônia: Ciênc. Desenv., 2(4): 37-51.
Souza, K.M., Arfelli, C.A. & Graça-Lopes, R. (2009). Perfil socioeconômico dos pescadores de camarão-sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) da praia do Perequê, Guarujá (SP). Bol. Inst. Pesca, 35(4): 647-655.
Téléchargements
Fichiers supplémentaires
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
1. PROPOSTA DE POLÍTICA PARA PERIÓDICOS DE ACESSO LIVRE
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).