TOMO. N. 39 JUL./DEZ. | 2021

Ciências Sociais e Saúde: Crises,
Emergências e Debates Contemporâneos

Anaxsuell Fernando da Silva*1

Asher Grochowalski Brum Pereira**2

O coronavírus teve seu primeiro registro em Wuhan, na China, no final de 2019. Os primeiros infectados apresentaram os seguintes sintomas: febre, dores no corpo, cansaço, tosse seca e dificuldade
respiratória (Liu et al., 2020). O que parecia ser uma infecção viral circunscrita a um espaço geográfico espalhou-se, em poucos meses,
por todo o globo. Os governos, pegos desprevenidos, sem vacinas ou medicamentos eficazes no combate à SARS-CoV-2, quase que de maneira imediata optaram pelo fechamento de suas fronteiras nacionais e aumento do controle sanitário fronteiriço. A percepção que norteava essa prática era a representação do outro, do migran-te, como vetor de contaminação, como ameaça. Outras nações op-taram por decretar lockdown ou recomendaram isolamento social, além do estabelecimento de normas de segurança: o uso de másca-ras e a higienização das mãos com álcool 70%.Ao passo em que o vírus se espalhava do interior da China para o mundo, chegaram também as primeiras vítimas. Pessoas idosas ou com comorbidades começaram a sucumbir diante das dificul-dades respiratórias causadas pela doença, o direito universal à respiração estava em xeque (Mbembe, 2020). Ao mesmo tempo, os hospitais e os sistemas de saúde dos diferentes países come-çaram a entrar em colapso, uma vez que não tinham respirado-res e leitos de tratamento intensivo para a massa de infectados que surgia. A fila de espera foi aumentando gradativamente e as pessoas começaram a morrer enquanto aguardavam. Hoje, em
* Doutor em Ciências Sociais pela Unicamp e Professor da Universidade Federal da Integra-ção Latino-Americana (Unila). E-mail: anaxsfernando@yahoo.com.br
** Doutor em Ciências Sociais pela Unicamp e Professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). E-mail: asherbrum@gmail.com

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2021, já foram contabilizados 172 milhões de casos de infecção pelo coronavírus ao redor do mundo. Desses 172 milhões, 3,7 milhões morreram.Embora reconheçamos que a Covid-19 se configure como uma ameaça humanitária global, as pesquisas empreendidas até o mo-mento nos permitem asseverar que a possibilidade de sua propa-gação afeta de maneira diferenciada determinados segmentos so-ciais (Noronha et al., 2020). Em artigo publicado na revista Lancet no qual se avaliava o Sistema Brasileiro de Informação de Vigilân-cia Epidemiológica da Gripe, Baqui et al. (2020) sugeriram maior risco de morte por Covid-19 entre pardos e pretos.Assim, os impactos dessa crise sanitária têm sido sentidos com maior intensidade nos segmentos sociais mais vulnerabilizados e empobrecidos, notadamente entre aqueles designados como tra-balhadores essenciais: mulheres e homens negros e moradores das periferias urbanas, os quais encontram nos modos de viver nas cidades estratégias de resistência e criam oportunidades para a subsistência familiar (Sassen, 2003). Nessa direção é possível afirmar que esta pandemia – ainda com todo fôlego no momento em que fechamos este texto – é um evento histórico que visibiliza e potencializa as desigualdades construídas socialmente em nos-so cotidiano ao longo das últimas décadas, como já foi apontado
por Sônia Maluf (2021) em artigo publicado nesta mesma revista.No Brasil, o primeiro caso de infecção pela Covid-19 foi registra-do na cidade de São Paulo no início de 2020. Tratava-se de um homem, com 61 anos, que retornava de uma viagem para o Nor-te da Itália. Ele foi atendido em um hospital privado, na zona sul da cidade, considerado um dos melhores do mundo3, o Hospital
3 A revista americana Newsweek, em uma pesquisa feita em 21 países, mencionou o Hospital Israelita Albert Einstein entre os 50 primeiros no ranking “Os melhores hos-pitais do mundo”. Esse levantamento foi feito em parceria com a Statista Inc., empresa global de pesquisa de mercado e dados de consumidores. A relação está disponível em: https://www.newsweek.com/best-hospitals-2020

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Albert Einstein. Em nota, o hospital afirmou que o paciente esta-va em bom estado clínico e sem necessidade de internação, esse permaneceu em isolamento respiratório domiciliar por 14 dias, com um monitoramento ativo da equipe médica do hospital4.Por outro lado, o primeiro caso de morte por Covid-19 se deu no Rio de Janeiro. Tratava-se de uma empregada doméstica de 63 anos infectada na casa da patroa, no alto-leblon, bairro que tem o metro quadrado mais valorizado do país e distante cerca de 120 km da sua casa, que ficava em Miguel Pereira – um peque-no município no centro-sul fluminense. A patroa, para quem ela trabalhava nos últimos dez anos, tinha voltado de viagem da Itá-lia. Até junho de 2021, haviam ocorrido cerca de 17 milhões de casos de infecção e aproximadamente 470 mil mortes. E esses dois exemplos seguem como emblemáticos para ilustrar as de-sigualdades brasileiras e sua expressão na saúde pública. Urge pensarmos na redistribuição desigual dos processos de vulnera-bilização vigentes em nossa sociedade.O vírus, a essa altura, ultrapassou as barreiras dos alvéolos pul-monares e se infiltrou na circulação sanguínea. Em seguida, ata-cou os órgãos e outros tecidos, e começou sua saga de destruição pelos mais expostos. A isso se seguiu uma inflamação sistêmi-ca. Condição biosanitária que nos impôs refletir a respeito da relação com o ambiente e retomar as discussões em torno da questão da (im)possibilidade real/atual e prospectada para o futuro da perpetuação dos padrões de produção e consumo vi-gentes. Repentinamente tomamos consciência da nossa própria “putrescibilidade, e ter de viver na vizinhança da própria morte, a contemplá-la como uma possibilidade real” (Mbembe, 2020, p. 6). Isso, porque aqueles que apresentavam anteriormente problemas cardiovasculares, neurológicos e/ou metabólicos, ou ainda que sofriam de patologias ligadas à poluição, sofreram,
4 Disponível em :https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-02/ministerio--da-saude-confirma-primeiro-caso-de-coronavirus-no-brasil

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nesse primeiro momento, os ataques mais furiosos. Depois de estar sem fôlego e privados de aparelhos respiratórios, os ado-ecidos pelo vírus partiram subitamente, como se às escondidas, sem qualquer possibilidade de se despedir.Em um ano e meio de infecção em solo brasileiro, temos expe-rimentado os mais diversos desdobramentos sociais da pan-demia. O negacionismo com relação à vacina e ao vírus, antes difuso na sociedade, tornou-se posição hegemônica no governo brasileiro. O descaso dos gestores públicos com as normas de biossegurança tornou-se notório. Ao mesmo tempo, o governo brasileiro resolveu promover a propaganda de um “tratamen-to precoce” à base de cloroquina e hidroxicloroquina, profilaxia com nenhuma eficácia comprovada em se tratando da Covid-195. As manifestações e ações polêmicas do governo brasileiro fize-ram deslanchar a chamada “CPI da COVID”, comissão instaurada para investigar os impactos das ações do governo brasileiro no combate à pandemia. A CPI teve sua instauração demandada pelo Superior Tribunal Federal.Neste momento, a pandemia da Covid-19 no Brasil expõe e exacerba questões históricas que extrapolam qualquer ten-tativa de compreensão de formas de adoecimento que se res-trinjam ao âmbito biomédico e nos impõe a busca da com-preensão dos aspectos econômicos, políticos e estruturais. Nossa forma de ser e existir em sociedade foi radicalmente modificada. Os desdobramentos dessa nova dinâmica social verificam-se tanto nas grandes metrópoles ao redor do mun-do quanto nas pequenas cidades do interior do país. Prova-velmente não há nenhuma localidade em que não se verifi-que o uso de máscaras ou que se tenha experienciado a morte pela ação do coronavírus. Desse modo, a pandemia tem um
5 Fonte: https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/05/21/nao-ha-eviden-cias-que-cloroquina-seja-eficaz-em-prevencao-ou-tratamento-da. Acesso em: 14 de jun. 2021.

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impacto gigantesco nas mais diversas áreas do conhecimento, inclusive nas Ciências Sociais.Mas esse não é um campo propriamente novo. No contexto la-tino-americano, a profusão de pesquisas das Ciências Sociais no campo biomédico e sanitário se deu, principalmente, na pri-meira metade dos anos de 1960. Naquele momento, a orienta-ção epistemológica dominante estava marcada pelos enfoques culturalista e comportamental, sob notável influência norte--americana. Nos anos que se seguiram, mais precisamente como desdobramento da Reforma Universitária de 1968, em razão das exigências impostas pelo currículo mínimo de Medicina, houve incorporação de conteúdos relacionados à organização da prá-tica médica e à administração dos serviços de saúde. Esse cená-rio viabilizou uma expansão no ensino e pesquisa nas Ciências Sociais e Saúde. Nos últimos anos, as Ciências Sociais trouxe-ram significativas contribuições à formação de profissionais em saúde. E, como resultado, cresceu o interesse especializado das instituições acadêmicas de Ciências Sociais e Humanas no de-senvolvimento de pesquisa e, mais descontínuamente, no ensino relacionado à área da Saúde – sobretudo na Saúde Coletiva.Nos últimos anos, pesquisadoras e pesquisadores das Ciências Sociais começaram a concentrar esforços na intersecção dessa área com o campo da saúde e se puseram a pensar a partir de diferentes perspectivas e buscando lançar abordagens teórico--metodológicas inovadoras para as relações de cuidado. Tais esforços ganharam materialidade em trabalhos sobre práticas locais e políticas públicas de saúde (Porto, 2020; Bourguignon, Grisotti, 2018); Saúde Indígena (Macedo, 2021; Guimarães, 2017; Ferreira, 2015; Souza, 2012); Experiências de adoeci-mento (Neves, 2020; Fleischer, 2018; Fleischer, Franch, 2015; Canesqui, 2013); na interlocução com outros campos (Quinaglia Silva, Brandi, 2014; Segata, 2020); nas questões que relacionam racismo e saúde (Batista, Werneck; Lopes, 2012; Willian, Priest, 2015); desigualdade de gênero (Matos, Rodrigues, 2020; Wer-

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neck, 2016); impactos políticos e epistêmicos (Basile, 2020; Pimenta, 2021; Fiorotti, 2021; Diniz, 2016; Knauth, Meinerz, 2015); criação de redes de cuidado (Calvo, 2021; Oliveira, 2020), apenas para mencionar alguns desses esforços que nos ajudam a pensar a crise e apontar saídas dela.Na tentativa de compreender esse cenário de crise, acentuar o papel crítico-propositivo das Ciências Sociais em sua interface com a saúde e aplicar o escopo das discussões dessa área, este dossiê trouxe um conjunto de textos para sua leitura.Os dois primeiros textos do dossiê afinam-se ao discutirem os impactos da pandemia da Covid-19 no Brasil e, sobretudo, as es-tratégias necropolíticas que apontam para quais vidas importam e quais não. Com efeito, os autores observam etnograficamente vários níveis: desde pessoas, passando pelas mídias e avançando até as políticas do Estado que regulam tais estratégias. Esmael Oliveira, Carla Martins e Marcos Aurélio da Silva refletem sobre os efeitos necropolíticos associados com a crise pandêmica do coronavírus. Por meio do diálogo transdisciplinar com autores das Ciências Sociais e de diversas áreas que problematizam sobre as biopolíticas contemporâneas, além de notícias, os autores con-cluem que os efeitos mais nefastos da pandemia incidem sobre aqueles grupos e populações perpassados pelos marcadores so-ciais da diferença. Desse modo, os autores demonstram que esses efeitos ganham propulsão com o negacionismo, fake news, negli-gência com a saúde pública, dentre outros fatores, de modo que grande parte dos impactos da pandemia recai sobre aqueles gru-pos perpassados por raça, classe e gênero. Percorrendo discur-sos oficiais veiculados pela mídia, os autores demonstram que há uma seleção sobre quem vive e quem morre, seja por indiferença governamental, por passividade, seja por privilégio.Marcelo Natividade, Bruno Sousa e Rômulo Rocha fazem um ma-peamento e análise das políticas sexuais LGBT no Brasil para de-

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monstrar a ressonância que grupos fundamentalistas têm sobre posicionamentos técnicos na área da saúde. Segundo esses auto-
res, estes grupos são responsáveis pela circulação e perpetuação de preconceitos em se tratando das políticas sexuais envolvendo as populações LGBT. Lançando um olhar sobre o Estado, a auto-ra analisa três instâncias sobre as quais impacta a ação estatal: o Observatório Nacional das Políticas LGBT; a política de HIV--AIDS; políticas sexuais e violência. Todos esses níveis de inter-venção estatal são observados levando-se em conta a pandemia da Covid-19 no Brasil. Ao olhar para as políticas de Estado em relação à pandemia, eles refletem sobre as formas estatais para decidir quem vive e quem morre no contexto da pandemia. Con-clui que racismo, LGBTfobia e machismo são elementos funda-mentais para se refletir sobre essa questão. O texto de Tiago Duque também trabalha na chave das popula-ções LGBT e sua relação com o HIV-AIDS. Mais especificamente, o autor observa homens que fazem sexo com homens. O texto também discute a relação entre saúde e doença, bem como os estigmas associados ao HIV-AIDS e a uma suposta epidemia as-sociada com a doença.
Tiago Duque analisa as experiências com o HIV-AIDS de dez ho-mens jovens da cidade de Campo Grande que se enquadram na categoria “HSH” (homens que fazem sexo com homens). As en-trevistas realizadas pelo autor com esses homens na faixa dos 19 aos 25 anos permitiu estabelecer conexões com construções identitárias e percepções sobre corpos, vulnerabilidades, medi-calização e estigmas em torno da homossexualidade e do HIV--AIDS. Duque permite a reflexão sobre a relação entre saúde e doença por meio do caráter estigmatizador que ainda está pre-sente no âmbito da medicalização de prevenção. Desse modo, o autor demonstra que essa questão vai muito além da saúde pro-priamente dita, pois a chamada epidemia do HIV-AIDS espraia--se para os mais diversos campos sociais produzindo estigmas e as mais diversas formas de sociabilidade.

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Os trabalhos de Janaína Costa e Priscila Farfan aproximam-se pela discussão em torno das drogas e das suas implicações. Em um dos textos, a adicção associa-se com a produção de sujeitos políticos, no outro, é discutida na chave da religiosi-dade e do ritual. Priscila Farfan estuda a produção de sujeitos políticos em Comu-nidades Terapêuticas dedicadas ao tratamento da adicção em drogas no Rio Grande do Sul. Segundo a autora, as pessoas que passaram pelo tratamento nessas comunidades e que possuem uma narrativa de superação do vício surgem na arena pública como promotores dessas instituições. A autora demonstra que atores que, em um primeiro momento, se relacionavam entre si como “usuários de crack”, após o tratamento, apresentam-se como representantes políticos das comunidades terapêuticas e relacionam-se com outros atores sociais. Ao se tornarem repre-sentantes dessas comunidades diante do Estado e na esfera pú-blica, a autora conclui que essas pessoas também servem como modelos de superação a serem seguidos pelas pessoas em trata-mento nessas comunidades. Os ex-adictos surgem como exem-plos a serem seguidos por demonstrar que o tratamento funcio-na e, ao mesmo tempo, fomentam o debate na esfera pública em torno de questões relacionadas a drogas, tratamento e adicção.Janaína Capistrano discute as diferentes modalidades de Culto da Jurema, o que nos permite pensar nas associações possíveis entre religiosidade, saúde e o consumo de álcool e drogas. Por meio da observação do ritual que envolve os Mestres Beberrões da Jurema na Casa de Jurema Mestre Carlos, na área rural de Ex-tremoz (RN), a autora reflete sobre o consumo de álcool em con-textos rituais e sua regulação. A autora demonstra que o consu-mo do álcool e da própria Jurema, uma substância psicoativa, em contextos rituais associa-se com símbolos que evocam a ideia da cura e restauração da saúde. Desse modo, a ideia da saúde para as pessoas que participam desses rituais vai muito além de normatizações legais.

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Esperamos que este dossiê contribua para a ampliação das dis-cussões recentes sobre saúde e que faça avançar o debate em torno da pandemia da Covid-19. Os artigos reunidos aqui certa-mente serão elementos motivadores nesse sentido.
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matriz genética de la doctrina del panamericanismo sanitario. Edición Especial Observatorio Social de la Pandemia: CLACSO, 2020.Batista, Luís Eduardo; Werneck, Jurema; Lopes, Fernanda (Orgs). Saúde da
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