Musa Sancristovense: quadras populares contra a mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju, 1855
Resumo
A transferência da capital de Sergipe, da colonial São Cristóvão para o povoado de Santo Antônio do Aracaju, pela Resolução nº 413, de 17 de março de 1855, marca profundamente tanto a memória coletiva quanto a historiografia local. Este artigo tem como objetivo analisar três quadras ou poemas populares, de caráter bairrista, os quais são uma das formas de protestos mais veementes contra a mudança da capital sergipana. O método empregado é o da análise do discurso. Assim, pretende-se examinar a influência que as quadras tiveram no processo de mudança político-administrativa. Além disso, com a análise, pode-se penetrar em parcela do mundo simbólico sergipano do oitocentos e entender os significados explícitos e/ou subjacentes expressos pelas trovas populares. Esses versos declamados por anônimos no século XIX e coligidos pelos folcloristas no século XX, explicita a indignação popular e o repentino atrito entre o governo, que pregava medidas de conciliação na política, e os moradores da antiga capital; que alegavam a inconstitucionalidade daquela Resolução oficial.Downloads
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Como Citar
Neto, A. C. dos S. (2019). Musa Sancristovense: quadras populares contra a mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju, 1855. Revista Do Instituto Histórico E Geográfico De Sergipe, 1(46), 58–72. Recuperado de https://ufs.emnuvens.com.br/rihgse/article/view/12454
Edição
Seção
Dossiê