Sobre o Fogo, de Immanuel Kant
Palavras-chave:
Tradução, Kant, Sobre o FogoResumo
Iná mo jubá ô ô.[1]
Fosse Immanuel Kant fluente em yorubá, utilizar-se-ia desta expressão para tratar o elemento que acompanhou toda sua obra: o fogo – na forma de Phlogiston, Wärmestoff e Feuerstoff, também equiparado por Kant ao éter, recebe menções em escritos de diferentes épocas, como o De igne, texto de 1755 aqui traduzido – o primeiro em que tal conceito aparece –, o Menschenrasse, de 1785, e um vasto material de seu Opus postumum, no qual o éter é elemento fundamental daquilo que Kant mesmo chamou de sua obra principal (Hauptwerk): a passagem entre as áreas da filosofia crítica separadas pela crítica da razão. É como o tradutor russo da dissertação De igne, Lugovoy, indica: é no De igne que Kant origina seu conceito de éter como matéria elástica do fogo, calor e luz, contendo as forças de atração e repulsão. Estas mesmas forças são o resultante na busca de Kant pela origem do universo em sua Teoria do Céu, datada do mesmo ano de 1755. Lugovoy identifica na dissertação Sobre o fogo a origem do conceito do éter, a conecta com a Monadologia física, de 1756, e aponta à hipótese do potencial heurístico do Sobre o fogo para a elucidação de proposições do Opus postumum...
[1] Eu saúdo o Fogo.
Referências
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