A TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO DO RIO DE JANEIRO E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DE COPACABANA (1900-1950)
DOI:
https://doi.org/10.21665/2318-3888.v10n19p283-330Resumo
O estudo é resultado de pesquisa que investigou a elaboração da identidade cultural de Copacabana na primeira metade do século XX no contexto das intervenções urbanísticas e arquitetônicas ocorridas no Rio de Janeiro. O método de pesquisa exploratória teve a finalidade de investigar a instrumentalização e difusão dos elementos simbólicos que estão relacionados com a formação da identidade do bairro que se confunde com a própria cidade. A apuração da pesquisa seguiu materializada por vasta consulta bibliográfica nos campos da Arquitetura, Urbanismo, Sociologia, História e Cultura, além de dissertações e artigos públicos disponíveis na web. Os resultados deste exame apontaram para três conclusões. A primeira é que a exclusão social, considerada a característica predominante do processo de ocupação da cidade atinge o seu ápice com o deslocamento das classes médias emergentes para Copacabana. Este processo teve conotações mais comerciais ligadas à acumulação de capital dos investidores imobiliários. Um segundo desenlace ocorreu com a descoberta dos elos que a indústria cultural permitiu construir entre os diversos extratos sociais da cidade. Estas conexões foram encapsuladas na política do governo Vargas para modelar a identidade nacional por meio das expressões populares, das quais a cultura negra teve franco protagonismo. Uma terceira conclusão é que o ecossistema social de Copacabana não rejeitou integralmente o mulato e o samba propostos por Vargas, antes forjou possibilidades de convivência nos limites da indústria do espetáculo-negócio, através do samba-canção.
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